Seis antigos chefes da polícia israelita e mais de 40 subcomissários pediram ao primeiro-ministro que demita imediatamente o seu ministro da Segurança, por “representar um perigo imediato e tangível para a segurança do Estado de Israel”.

Desde que assumiu o cargo, o ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, parceiro ultranacionalista do governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu, tem protagonizado polémica atrás de polémica, devido à sua retórica de extrema-direita e às suas visitas à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, que tanto os palestinianos como a Jordânia, país guardião do local sagrado, descreveram como uma ofensa e uma provocação para alimentar o conflito.

No que se refere à polícia, Ben Gvir tenta há meses assumir um controlo mais direto sobre as operações policiais, ao ponto de ter tentado destituir o comandante da polícia de Telavive, Amichai Eshed, a quem acusou de passividade face aos protestos contra a reforma judicial em preparação pelo governo israelita, refere a Europa Press.

Amichai Eshed chegou a ser afastado do cargo, mas a intervenção do Ministério Público do país conseguiu inverter a situação.

Na carta, divulgada na sexta-feira pelo diário israelita Yedioth Aharonoth, os signatários alertam para o “colapso iminente da Polícia de Israel” e acusam o ministro de ser “parte central” dos problemas que afetam a força.

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