O índice de preços da habitação em Portugal aumentou 8,7% no primeiro trimestre, na comparação com o primeiro trimestre de 2022, uma desaceleração de 2,6 pontos em relação à subida homóloga do trimestre anterior. No quarto trimestre, os preços tinham subido 11,3% (face ao quarto trimestre de 2022), o que significa que a subida das taxas de juro e outros fatores já estarão a provocar uma desaceleração dos preços, que continuam porém a subir.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o INE precisa que, neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7%, superior à das habitações novas (5,7%). Em cadeia, o IPHab aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao trimestre anterior, contra 1,1% no trimestre precedente.
A categoria das habitações existentes registou um crescimento dos preços superior ao das habitações novas, 1,6% e 0,5%, respetivamente. Entre janeiro e março, foram transacionadas 34.493 habitações, menos 20,8% que no mesmo período de 2022, contra -16,0% no trimestre anterior e a uma redução em cadeia de 10,5%.
O valor das habitações transacionadas totalizou 6.900 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 15,2% do que no mesmo período de 2022. O INE adianta que no primeiro trimestre de 2023, as aquisições de habitação pelo setor institucional das Famílias corresponderam a 29.280 unidades (84,9% do total), as quais perfizeram um total de 5.800 milhões de euros (83,9% do total).
Neste período, 7,2% dos alojamentos transacionados (2.492 unidades) foram adquiridos por compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional, percentagem que sobe para 12,7% se for considerado o valor transacionado, informa ainda o INE.