O dia começou bem para Miguel Oliveira. Depois de ter falhado o acesso direto à Q2 do GP dos Países Baixos na sexta-feira, o piloto português conseguiu remediar a situação este sábado. Com o segundo melhor tempo na Q1 (01’32.087), apenas atrás de Johann Zarco (01’31.993) o corredor da RNF Aprilia garantiu um lugar nos 12 primeiros da grelha de partida para as corridas que se haviam de seguir.

Uma vez na Q2, a prestação não foi brilhante (01’32.174), servindo para agarrar o 11.º posto. Entre os homens da frente, Marco Bezzecchi (01’31.472) ficou com a pole e Francesco Bagnaia (01’31.533) com o segundo lugar. Adivinhava-se um fim de semana intenso na luta pelo campeonato com o piloto da Mooney VR46 Racing Team a poder encurtar distâncias para o líder. Pelo menos, até à corrida sprint, ninguém tinha sido melhor que Bezzecchi.

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Tudo o que correu bem a Miguel Oliveira durante a manhã, correu mal na parte da tarde. Na corrida sprint o português saltou, ainda dentro da primeira das 13 voltas, até ao sexto lugar numa manobra em que ultrapassou Johann Zarco e Aleix Espargaró de uma só vez. Bezzecchi perdeu terreno para Bagnaia e Binder na luta pelo primeiro lugar, mas não de uma forma irrecuperável.

Muitas coisas aconteceram num curto espaço de tempo para Miguel Oliveira. Se o português foi rápido em ganhar lugares, entretanto, na segunda volta tinha já caído para último. Bezzecchi subiu de novo à liderança, conseguindo uma distância superior a um segundo, o que permitiu gerir o espaço para a concorrência até ao fim. Na perseguição, Brad Binder excedeu os limites de pista e acabou castigado com três segundos de penalização.

Assim, Bezzecchi levou 12 pontos na luta pelo campeonato e manteve a hegemonia em Assen. O italiano, terceiro no mundial, venceu a primeira corrida sprint. Bagnaia ficou em segundo e Fabio Quartararo em terceiro devido à penalização de Binder que caiu para quinto. Miguel Oliveira não foi além do 19.º lugar.

“Fiz um bom arranque, recuperei já naquela primeira volta algumas posições. Entre a curva 9 e 10 passei o Aleix e o Zarco. O Zarco entrou por dentro da curva 10 já muito tarde e bateu em mim. Tive que levantar a mota e sair largo. Perdi seis posições. Depois, na curva 1, estava a passar o Marc na travagem e o Álex Márquez coloca-se ao nosso lado e fiquei ensanduichado completamente. Para evitar tocar no Álex tive que soltar os travões e ir em frente na primeira curva. Foi a história da minha corrida”, explicou mais tarde Miguel Oliveira à SportTV.