Siga aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia
Várias empresas associadas ao líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, terão celebrado contratos de milhões com o Estado russo, já depois da insurreição do grupo mercenário.
De acordo com o site independente de notícias russo Meduza, os valores destes negócios, referentes a contratos de catering para escolas e hospitais, ultrapassam os mil milhões de rublos (quase 100 milhões de euros).
A confirmar-se, seria mais um sinal de que, apesar de ter incitado uma rebelião contra a liderança militar russa, Yevgeny Prigozhin continua a beneficiar de algum favor junto do Kremlin. O tratamento é muito diferente da forma como opositores políticos são, por norma, tratados na Rússia.
No mês de junho, depois de uma campanha militar no território ucraniano, o grupo Wagner lançou-se numa marcha sobre Moscovo. A insurreição foi liderada por Prigozhin — conhecido vários anos como o “cozinheiro de Putin” — após meses de duras críticas dirigidas ao Ministério da Defesa russo, chefiado por Sergei Shoigu, e contra o comandante das tropas russas, Valery Gerasimov. Na sequência do motim, o líder da companhia privada foi enviado para a Bielorrússia, mas desde então já teve oportunidade de se reunir com o Presidente russo.
Kremlin confirma que Putin se encontrou com Prigozhin dias depois da rebelião do grupo Wagner
No decurso do encontro, a liderança da organização paramilitar garantiu que continua a ser leal ao regime russo e ao próprio Vladimir Putin. Prova disso parece ter sido a entrega de mais de 2.000 unidades de equipamentos e armas, incluindo tanques de guerra e mísseis antiaéreos, ao Ministério da Defesa russo. Este foi precisamente um dos tópicos do acordo alcançado após a rebelião de Prigozhin.
Na sequência da insurreição, a liderança russa ofereceu aos membros da companhia privada que participaram no golpe a hipótese de se juntarem ao seu líder na Bielorrússia. Até agora, porém, o grupo de mercenários não terá comparecido no acampamento militar no país aliado, segundo revelaram as autoridades de Minsk.
Grupo Wagner ainda não compareceu no acampamento na Bielorrússia, assume Minsk