Depois de vitórias à porta fechada contra Estrela da Amadora, Marítimo e Farense, o Sporting tinha o primeiro teste verdadeiro contra o Genk. Primeiro, por ser o segundo classificado da última temporada na Bélgica. Depois, por ser uma equipa prestes a começar a época. Por fim, por ser um conjunto que vai procurar chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Os leões começaram esta quarta-feira a vencer precisamente o Farense e receberam o Genk no Estádio Algarve, onde estão a realizar o habitual estágio de pré-época, e Rúben Amorim tinha a possibilidade de avaliar a equipa em ação de forma mais coerente e competitiva. Adicionalmente, era tempo de lançar Viktor Gyökeres, a contratação mais cara da história do clube que chegou do Coventry.

Na ausência de declarações do treinador leonino, que tem estado mais afastado da comunicação social nestes primeiros dias da pré-época, têm sido os jogadores a dar a cara pela equipa — e pelo próprio Rúben Amorim. “Tenho sentido mais intensidade, o mister está preocupado com corrigir erros e acredito que esta época será melhor. Que erros? Mais coisas táticas. É só termos mais fome, pode ter faltado um bocadinho. Acredito que em termos futebolísticos estivemos bem, só temos de melhorar porque não atingimos os objetivos”, atirou Trincão, que vai realizar a segunda temporada no Sporting.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assim, e no primeiro onze mais concreto da pré-época, Amorim lançava Franco Israel na baliza e tinha no sistema tático a maior surpresa: os leões apresentavam-se com uma linha defensiva de quatro elementos, com Eduardo Quaresma na direita e Matheus Reis na esquerda e Gonçalo Inácio e Coates a formar a dupla de centrais. O jovem Afonso Moreira era titular, assim como Chermiti, e os adeptos leoninos que se deslocaram ao Estádio Algarve não teriam a oportunidade de ver Gyökeres — que não só não estava no onze como não estava no banco de suplentes.

O Sporting chegou à vantagem ainda no quarto de hora inicial, com Trincão a finalizar na grande área depois de um impressionante lance individual de Chermiti no corredor direito (10′). O Genk empatou ainda dentro da primeira meia-hora e graças a um erro colossal de Israel, que não segurou um passe de Matheus Reis e permitiu o desvio de Fadera para a baliza (25′). Os leões estiveram muito perto de voltar a marcar logo depois, quando Afonso Moreira rematou rasteiro e ligeiramente ao lado (33′), mas o jogo foi mesmo empatado para o intervalo.

Rúben Amorim decidiu mexer no início da segunda parte, trocando Morita por Daniel Bragança, que voltou a ser opção depois de ter perdido toda a temporada passada por lesão. Trincão ficou muito perto de bisar em duas ocasiões, uma em que atirou ao lado numa recarga (56′) e outra em que rematou de fora de área para uma grande defesa de Vandevoordt (59′), e o treinador do Genk fez uma dupla substituição à passagem da hora de jogo.

O Sporting teve sempre mais perigo ao longo de toda a segunda parte e Amorim só voltou a mexer a cerca de 10 minutos do fim, quando trocou um fisicamente limitado Quaresma por Jovane. Até ao fim, porém, já nada mudou: os leões empataram com os belgas do Genk no primeiro teste mais a sério da temporada (1-1).