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Dmytro Kuleba partiu ao ataque na resposta àqueles que têm criticado a falta de avanços da contraofensiva ucraniana. Em Toledo no âmbito de um encontro dos ministros da Defesa da União Europeia, o chefe da diplomacia ucraniana disse aos críticos para se “calarem” e valorizou os esforços dos soldados ucranianos na frente de combate.

Criticar a lentidão da contraofensiva é o equivalente a cuspir na cara dos soldados ucranianos que sacrificam as suas vidas todos os dias, avançando e libertando o solo ucraniano, quilómetro após quilómetro. Recomendo a todos os críticos que se calem, vão até à Ucrânia e tentem libertar um centímetro quadrado por eles próprios”, disse Kuleba.

Desde o início da operação militar ucraniana, na primavera, que algumas vozes têm manifestado preocupação com a falta de progressos no terreno. A situação tem até levantado questões da parte de alguns aliados ocidentais, havendo quem acredite que um eventual falhanço da contraofensiva pode levar alguns países a repensar o seu apoio militar à Ucrânia.

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No entanto, nas últimas horas, começaram a surgir relatos que dão conta que a situação pode estar a mudar. Segundo o Wall Street Journal, as tropas ucranianas conseguiram cruzar a principal linha de defesa russa no sudeste do país, com avanços em Verbove e Robotyne.

[Já saiu: pode ouvir aqui o quarto episódio da série em podcast “Um Espião no Kremlin”, a história escondida de como Putin montou uma teia de poder e guerra. Pode ainda ouvir o primeiro episódio aqui, o segundo episódio aqui e o terceiro episódio aqui.]

Os militares ucranianos estão a combater os russos junto à localidade de Verbove (região de Zaporíjia), segundo disse ao jornal norte-americano um oficial naquela região, acrescentando que há três linhas de ataque nas trincheiras inimigas.

Também a vice-ministra da Defesa revelou que as forças ucranianas estão a fazer progressos no sul e leste do país no esforço para recuperar os territórios sob ocupação russa. “Há alguns sucessos, em particular na direção de Novodanylivka-Novoprokopivka”, escreveu Hanna Maliar numa publicação na conta de Telegram.

Estas localidades situação na região de Zaporíjia e entre elas fica Robotyne, uma vila que as Forças Armadas da Ucrânia disseram ter libertado esta semana.

Robotyne é uma localidade estratégica no esforço ucraniano em direção às regiões sob controlo russo no sul do país e à península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014. As autoridades ucranianas têm explicado que a partir de Robotyne é possível abrir caminho para a localidade de Tokmak e, finalmente, para a cidade de Melitopol e a fronteira da Crimeia.

Dmytro Kuleba manda calar críticos da contraofensiva: “É o equivalente a cuspir na cara dos soldados ucranianos”