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O antigo Presidente dos Estados Unidos (EUA), George W. Bush, deixou várias críticas àquele que um dia foi o seu homólogo russo. Em declarações numa cimeira ucraniana, por videoconferência, citadas pelo Ukrainska Pravda, o ex-Chefe de Estado recordou que Vladimir Putin ridicularizou o seu cão. “Ele viu o meu terrier e perguntou: ‘isto é um cão’? Depois, em Moscovo, ele quis que eu visse o seu cão. Concordei e ele apontou para um grande cão, dizendo que podia facilmente enfrentar o meu. Eu fiquei surpreendido e disse que [o comentário] me tinha ofendido. Putin apenas me pergunta: ‘Porquê’?”
Esta história, para George W. Bush, é indicativa de que Vladimir Putin “está sempre a tentar mostrar a sua força”. E traz esse traço da sua personalidade para a liderança do país. “Ele viu que a Rússia era um Estado fraco, então ele ficou ressentido com todo o mundo”, explica o antigo Presidente dos EUA.
Sobre os antigos comentários feitos em 2001, em George W. Bush disse ter olhado para a “alma” do líder russo ficando com a impressão de que era “confiável”, o antigo Chefe de Estado realçou que isso foi apenas no “início do mandato”. “Se eu tivesse olhado para os seus olhos no final da minha presidência, eu teria visto algo diferente. Ele estava infetado pelo poder e com sede de dinheiro”, afirmou.
Em sentido inverso, George W. Bush deixou vários elogios ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Ele é um tipo duro, ele é texano”, afirmou, defendendo que os Estados Unidos devem continuar apoiar a Ucrânia, para impedir que Vladimir Putin construa um império.
Relativamente ao futuro, o antigo Presidente norte-americano admitiu que o apoio à Ucrânia pode diminuir após as eleições de 2024. “Há tendências isolacionistas em ambos os partidos [Republicano e Democrata]. Por isso, alguém deve explicar aos norte-americanos porque é que a Ucrânia é tão importante. Se a Ucrânia cai, qual será o destino dos vizinhos, em particular a Polónia ou a Roménia?”
O antigo Presidente dos EUA disse ainda que, numas futuras negociações de paz, Washington não tem o “direito” de impor uma solução. “Os Estados Unidos podem aconselhar, mas não devem impor a sua ideia de paz”, referiu. Na cimeira, George W. Bush pediu ainda à Ucrânia “para continuar a ser forte”.