João Torres, secretário-geral adjunto do PS, reconheceu que os resultados das eleições na Madeira ficaram “aquém do desejado” pelos socialistas, mas também destacou que PSD e CDS “não foram capazes de alcançar uma maioria absoluta”.

“Estes resultados eleitorais, ficando aquém do desejado pelo PS, não determinam o compromisso com as autonomias regionais”, realçou o número dois dos socialistas, enquanto assegurou que “o PS não vira nem nunca virará as costas à Madeira”.

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Questionado sobre uma possível leitura nacional dos resultados na Madeira, em que o PS perdeu oito deputados, João Torres foi perentório: “Pretender interpretar os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira à luz da política nacional é não compreender e não entender a importância e o significado das autonomias regionais na República Portuguesa.” O secretário-geral adjunto reiterou que “o PS não confunde eleições” e que “cada eleição é uma eleição” com uma “natureza distinta”.

Apesar de referir que “o PS teve um resultado bastante inferior ao que obteve em 2019”, quando conquistou o seu “melhor resultado de sempre”, João Torres defendeu que existe uma “tendência de crescimento ao longo dos últimos anos” e que “o resultado que o PS hoje alcançou na Madeira está acima da média dos resultados do PS ao longo da democracia portuguesa”.

Já Sérgio Gonçalves, líder do PS/Madeira, aproveitou para pedir a demissão de Albuquerque. “Perante este resultado, eu tenho de fazer uma pergunta: Miguel Albuquerque vai ou não demitir-se? Vai uma vez na vida cumprir com a sua palavra, apresentar a sua demissão? Foi isso que deixou muito claro.”