O presidente do Chega acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de estar “preso no passado e incapaz de olhar para o futuro”, considerando que António Costa tem “um olhar para o país estanque, pobre e arcaico”.

André Ventura esteve esta tarde em Campo de Ourique, Lisboa, a propósito da localização prevista para uma futura estação de metro no âmbito do alargamento da linha, e foi questionado sobre a entrevista da véspera do primeiro-ministro à TVI/CNN Portugal, que classificou como “muito fraca”.

É um primeiro-ministro já só preso no passado, incapaz de olhar para o futuro e isso é muito grave”, condenou.

Para o líder do Chega, não houve “nada positivo” naquilo que António Costa anunciou porque “não é nenhuma medida estrutural”, considerando que ficou bem claro na entrevista que “o primeiro-ministro é avesso a reformas”.

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António Costa geralmente aproveita as entrevistas ou os debates parlamentares para partir das críticas para apresentar medidas e notei que foi um zero de medidas. Não houve uma única medida apresentada, não houve um olhar para o futuro, não houve um dar esperança”, referiu.

Na opinião do presidente do Chega, trata-se de “um olhar para o país estanque, pobre e arcaico”, contrário àquele que era preciso neste momento.

Um primeiro-ministro fraco, sem capacidade de olhar para o futuro e que não trouxe ontem [segunda-feira] nenhuma medida por uma razão: é que não a tem e é por isso que foi tão fraca aquela entrevista”, condenou.

Segundo Ventura, quem ouvisse António Costa na referida entrevista “parecia que era primeiro-ministro há dois meses” e não “há oito anos”.

Ventura criticou “uma atitude de algum desprezo” do chefe do executivo perante quem o “estava a ouvir”, considerando que não apresentou “qualquer medida a olhar para o futuro”.

António Costa disse até que era favorável àquela manifestação pela habitação, sendo ele o principal responsável nos últimos oito anos pela crise de habitação que vivemos em Portugal”, acrescentou.