As declarações de Paddy Cosgrave, que levaram a um boicote de Israel ao evento e à demissão do empresário irlandês do cargo de CEO da Web Summit, são vistas como “um problema” para as forças e serviços de segurança em Portugal.
Segundo o semanário “Expresso”, citando um alto responsável da área da Segurança Interna, os comentários de Cosgrave afetam as autoridades “de modo a justificar excecionais medidas de segurança”. Haverá um reforço de meios, apurou o jornal, mas que o dispositivo deverá ser colocado de maneira “discreta” para não gerar alarme. Além disso, as autoridades admitem também a hipótese de manifestações de desagrado em relação às palavras de Cosgrave.
A cimeira, que vai juntar 70 mil pessoas em Lisboa a partir de 13 de novembro, é ainda vista como uma prova de fogo para a unidade que vai suceder ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O SEF vai ser extinto a partir deste sábado, à meia-noite. As competências policiais vão ser transferidas para a PSP, GNR e PJ.
O evento vai acontecer duas semanas depois da extinção do SEF e quase um mês após Portugal ter subido o nível de alerta de terrorismo para ‘significativo’ devido ao conflito no Médio Oriente.