Margarida Balseiro Lopes, vice-presidente do PSD, recusa falar sobre um a possível pré-coligação, tendo em conta que o processo ainda vai ser debatido pelo partido, mas salvaguarda que “não será surpresa para ninguém que tenhamos grande capacidade de diálogo com IL e CDS” no pós-eleições.
Em entrevista ao Observador, a partir do Congresso do PSD, em Almada, Balseiro Lopes insistiu que o objetivo do PSD “é ganhar as eleições”, desvalorizando as sondagens. “Se houvesse fé nos estudos de opinião o Carlos Moedas não era presidente da câmara de Lisboa.”
Relativamente à campanha, a dirigente realçou que esse momento não pode focar-se apenas no caso da justiça, mas faz questão de insistir que “o primeiro-ministro não se demitiu por causa de um parágrafo”. “O PSD não se revê e condena qualquer tipo de instrumentalização e condicionamento e pressão na justiça para que saia um determinado resultado, seja ele qual for”, sublinha, acrescentando que é uma “questão inadmissível”.
Relativamente ao adversário de Montenegro nas próximas eleições, Margarida Balseiro Lopes argumenta que é “indiferente se é Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro porque os dois estiveram no núcleo duro deste Governo”.
Expressões como “gonçalvismo” ou “cinderela”, como Montenegro usou no discurso inicial do Congresso, foram, aos olhos de Balseiro Lopes, uma metáfora. “O que está subjacente é o radicalismo por convicção”. “Não levamos lições de moderação de quem se ancorou nos extremos para se agarrar ao poder”, conclui.