Mais vale só do que mal acompanhado. O ditado é popular e a Iniciativa Liberal (IL) insiste em segui-lo à risca no dia em que PSD e CDS oficializaram a coligação pré-eleitoral já esperada. No jantar de natal-comício da IL, Rui Rocha assegurou que o partido vai apresentar as suas ideias “sozinho”, porque tem “confiança” nelas e “responsabilidade” para com as “centenas de milhares de portugueses que querem um país em que se cresce pelo trabalho e em que se pode confiar nas instituições”.

“Apresentaremos as nossas ideias e os nossos candidatos porque há um país que espera pela IL”, garantiu o líder do partido, numa sala composta por algumas dezenas de militantes. E alertou: “O país já não lá vai com remendos e não basta mudar o Governo, é preciso mudar a governação e a IL é a única que tem essa ambição para que o país se transforme.”

“Queremos um país em que o trabalho possa ser recompensado e em que se possa crescer através dele”, afirmou o liberal, descrevendo os casos que conhece de “gente que trabalha de manhã à noite e que faz horas extra porque quer dar um futuro melhor aos filhos” e que, no final do mês, “não fica com tudo, porque o Estado assim o diz”.

“Ninguém manda na saúde dos portugueses”. Esta é outra razão apontada por Rui Rocha para a IL ir sozinha a votos é lutar pela liberdade dos portugueses na escolha da saúde. “Queremos que os portugueses tenham a opção de ir ao centro de saúde, se assim o quiserem, mas se houver uma clínica a dois quilómetros que lhes presta o serviço de que precisam também possam ir”. E apontou: “A pessoa deve poder escolher onde se desloca para receber tratamento e não deve ser um político, seja ele Pedro Nuno Santos ou outro a fazê-lo.”

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Os liberais querem “um país onde os filhos conseguem sair de casa dos pais” e que possam “ficar” ou “voltar” a Portugal se assim o quiserem. Sobre a habitação, o líder do partido denunciou contradições e falta de soluções. “Precisamos de políticas que aumentem a habitação e não o seu contrário”, disse, anunciando que o partido vai começar pela redução da tributação para resolver o problema. E também é na tributação que promete atuar sobre as empresas. “Não podemos ter crescimento económico se dizemos às empresas que não o podem fazer devido à tributação”, assegurou.

O cabeça de lista por Braga também sonha com um país em que “se possa confiar nas instituições” e apresentou esta como uma das razões que leva mais pessoas ao partido, apontando o dedo ao PS. E deixou o lembrete: “O cartão de militante de um partido, no país da IL, não serve para subir na vida.”

Antes do líder do partido, discursaram Bernardo Blanco e Mariana Leitão, número um e dois da lista liberal no círculo eleitoral de Lisboa, respetivamente deputado na Assembleia da República e deputada municipal em Oeiras.