O interrogatório ao empresário madeirense Avelino Farinha foi este sábado interrompido às 17:30, devendo ser retomado às 09:30 de segunda-feira, segundo o advogado que representa Pedro Calado, também envolvido nas suspeitas de corrupção na Madeira.
O empresário madeirense começou a ser ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) na tarde de sexta-feira, pelas 15:30, tendo o interrogatório sido suspenso pelas 16:40. O interrogatório prosseguiu este sábado e durou até às 17:30, devendo ser retomado às 09:30 de segunda-feira.
Antes do início da inquirição de Avelino Farinha foi concluído o interrogatório do empresário Custódio Correia, o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, que tinha começado a ser ouvido pelo juiz de Instrução Criminal na quarta-feira à tarde.
O último dos três arguidos a ser interrogado será o ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado (PSD).
Só no final de todos os interrogatórios serão conhecidas as medidas de coação.
Em 24 de janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e anunciou a renúncia ao cargo dois dias depois.
Na sequência das buscas, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que também renunciou ao cargo, o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.