A taxa de inflação em fevereiro ficou nos 2,1%, em termos homólogos, confirmou esta terça-feira o INE (Instituto Nacional de Estatística), um dado que tinha divulgado provisoriamente e que foi agora confirmado. Os preços de energia aceleraram.

A taxa de inflação homóloga de fevereiro desacelerou e foi, assim, inferior em 0,2 pontos percentuais à de janeiro, altura em que tinha ficado nos 2,3%. A diferença de preços entre janeiro e fevereiro foi nula, indica ainda o INE.

Também a taxa de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, ficou nos 2,1%, face aos 2,4% de janeiro. A variação de preços nos produtos energéticos foi de 4,3%, já em aceleração face aos 0,2% do mês anterior.

Na variação homóloga, ou seja, de 2024 face a 2023, registaram-se quedas nas taxas de variação nos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação e lazer, recreação e cultura. Já no sentido contrário registaram-se aumentos das taxas de variação nos transportes, habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e das comunicações.

A rendas de habitação por metro quadrado registaram uma subida de 6,5% em fevereiro de 2024 (5,9% no mês anterior). “Todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (6,8%). O valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação mensal de 1,0% (1,4% no mês anterior). A região com a variação mensal positiva mais elevada foi Lisboa (1,2%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação”, salienta o INE.

O INE alerta para o efeito base. “Em consequência dos aumentos significativos de preços durante 2022 em grande parte dos produtos considerados na amostra do IPC, verificaram-se durante o ano de 2023 reduções das taxas de variação homóloga, em parte como consequência aritmética do denominado “efeito de base”. De forma análoga, a evolução dos preços durante o ano de 2023 também terá um efeito sobre as variações homólogas do IPC de 2024, em particular devido à isenção de IVA em diversos bens alimentares essenciais que esteve em vigor entre maio e dezembro. Deste modo, a análise do comportamento dos preços ao longo de 2024, e em particular das taxas de variação homóloga, deve ter em conta o impacto daqueles efeitos”.

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