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O líder do PSD, Pedro Nuno Santos, considerou nesta sexta-feira que as medidas novas do pacote anticorrupção apresentado pelo Governo “são uma cedência do PSD ao populismo” e uma “colagem do Governo” à agenda do Chega.
O pacote anticorrupção o que tem verdadeiramente de novo são propostas que estavam já no programa do PSD e que são uma cedência do PSD ao populismo”, sustentou o líder do PS, em declarações aos jornalistas quando questionado sobre as medidas apresentadas na véspera pelo Governo de Luís Montenegro.
Para Pedro Nuno Santos, “a prioridade deste Governo em matéria de justiça foi ceder ao populismo, ao Chega e à agenda do Chega e isso sim é preocupante”.
“Aquilo que nós vemos é um partido de centro-direita em várias matérias a ceder ao Chega, e isso foi o que aconteceu neste conjunto de medidas”, acusou.
Prometendo um debate mais apurado sobre estas medidas, “a primeira avaliação” dos socialistas “é clara”.
“E aliás o líder do Chega congratulou-se e congratulou o Governo pelas medidas tomadas. Nem precisávamos nós de o dizermos. A colagem do Governo nesta agenda ao Chega é evidente”, argumentou.
Na opinião do líder do PS, isto é ainda mais preocupantes em “matérias que são chave para um estado de direito democrático”.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro afirmou que “o foco principal” das medidas anticorrupção aprovadas pelo Governo será melhorar a eficácia e capacidade operacional de instrumentos legislativos que já existem.
“Não significa que não haja alterações a vários instrumentos legislativos, mas o foco principal está em obter maior eficácia na prevenção, na repressão e na celeridade com que a justiça funciona no combate à corrupção”, afirmou Luís Montenegro, no final da reunião do Conselho de Ministros em que o Governo PSD/CDS-PP aprovou um conjunto de mais de 30 medidas com o objetivo de combater a corrupção.
O chefe do Governo salientou que esta “é uma prioridade assumida desde a primeira hora” pelo atual executivo, quer na tomada de posse, quer na discussão do programa do Governo.