As artistas da música contemporânea brasileira Maria Luiza Jobim e Simone Mazzer encerram, no final do mês, a temporada do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), numa festa que contará também com locutoras da Rádio Universidade de Coimbra.
“Fazermos uma festa de final de temporada, trazermos as pessoas ao TAGV, vai muito em linha com o espírito que nós temos de criar aproximação com os nossos públicos”, disse esta quinta-feira à agência Lusa o diretor do teatro de Coimbra, Sílvio Correia Santos.
No dia 27, durante um evento produzido pela Rádio Pessoas, os concertos de Maria Luiza Jobim e Simone Mazzer serão intercalados com alinhamentos de músicas (DJ sets) das locutoras da Rádio Universidade de Coimbra (RUC) Rita Brás, Isabel Gouveia e Camila Fizarreta, que colaboram no programa Rua do Brasil (dedicado à música brasileira).
No dia anterior, duas dezenas de pessoas terão a possibilidade de participar numa masterclass com Simone Mazzer, que este mês estará pela primeira vez em Portugal, em Amarante e em Coimbra.
A atriz e cantora partilhará estratégias e técnicas que promovem a longevidade de uma carreira artística, com base numa experiência de mais de 30 anos de palco.
“Sempre que possível, tentamos dar a possibilidade de o público ter conversas com atores, produtores e, neste caso, com uma artista como a Simone, que tem um percurso muito rico. É uma maneira de nos ligarmos a públicos que têm interesses específicos”, referiu Sílvio Correia Santos, acrescentando que ainda há vagas para a masterclass.
No dia 27, segundo o TAGV, Simone Mazzer terá uma “atuação inédita que celebra o empoderamento feminino e reflete a diversidade musical e cultural do Brasil, com influências que vão do rock ao jazz, passando pelo samba e pela MPB”.
Já a compositora, cantora e produtora Maria Luiza Jobim, filha de Tom Jobim e “herdeira do vasto legado da bossa nova, o qual tem habilmente enriquecido com as cores da nova pop”, promete “uma performance envolvente e intimista, repleta de sensibilidade e poesia” no seu regresso a Coimbra, acrescentou.
“As propostas são muito interessantes do ponto de vista artístico, fazem uma boa festa”, frisou Sílvio Correia Santos, que quer repetir este tipo de evento a cada final de temporada.
O responsável explicou que a ideia é atrair as pessoas ao TAGV não só para usufruírem de espetáculos, mas também para terem outras experiências.
“Este será um encerramento em grande, num modelo que eu gostava que se repetisse, um momento de encontro com as pessoas que normalmente vão ao TAGV”, frisou.