Dois terramotos com magnitudes 6.9 e 7.1 atingiram o sudoeste do Japão esta quinta-feira, ativando alertas de tsunami, regista o Centro Geológico dos Estados Unidos da América. Posteriormente, duas réplicas de magnitudes 4.6 e 4.8, ocorreram a 20km e 31km da costa japonesa. Pelas 11h40 (19h40 locais), a agência meteorológica japonesa (JMA) emitiu um aviso para um “mega-terramoto”, que poderá ter uma magnitude superior a 7.
Inicialmente, o alerta tsunami foi feito para as regiões de Miyazaki, Kochi, Oita, Kagoshima e Ehime, onde são esperados mais sismos durante esta semana. Numa conferência de imprensa posterior, a JMA restringiu o alerta à região de Miyazaki. Pelas 14h (22h locais), o alarme de tsunami foi levantado, mantendo apenas um aviso por precaução.
As autoridades japonesas observaram ondas com 50 cm de altura, lançando um alerta para um tsunami com ondas superiores a 1m de altura, segundo a NHK. Os habitantes da região afetada pelos sismos foram aconselhados a evitar a zona costeira e a estar atentos a futuras informações sobre evacuações transmitidas pelas autoridades locais.
O alerta de “mega-terramoto” vem em seguimento do local onde se deram os terramotos prévios. Denominada por Nankai Trough, a região é o alvo de um terramoto com magnitude superior a 8 que ocorre de forma regular a cada 100 ou 200 anos. O comité de pesquisa de terramotos japonês estima que existe uma probabilidade de 70% a 80% que este aconteça nos próximos 30 anos.
De acordo com o Ministério de Transporte japonês, todos os voos do aeroporto de Miyazaki estiveram suspendidos durante cerca de 2 horas. Adicionalmente, não foram detetados problemas em ambas as centrais nucleares da região, Sendai e Ikata, segundo as empresas de energia elétrica em Kyushu e Shikoku, respetivamente.