Empresários brasileiros reuniram-se esta quarta-feira com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para lhe apresentar propostas para a próxima reunião do G20, entre elas a da promoção do uso ético da inteligência artificial (IA).
O documento, entregue por representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), procura influenciar as discussões que terão lugar durante a cimeira das maiores economias do mundo, que se realizará no Rio de Janeiro, em novembro, sob a presidência temporária do Brasil.
“É o país em diálogo com a sociedade, com os empresários, com o mundo. Isso gera empregos e faz o Brasil avançar”, escreveu Lula nas redes sociais, após a reunião com o B20, como é conhecido o grupo do setor privado que acompanha as cimeiras oficiais desde 2010.
Bom dia. Não viraliza em redes sociais, mas comecei o dia trabalhando, recebendo as liderança do B20 e as propostas de empresas de todo o mundo para a reunião do G20. O Brasil vai receber e coordenar o encontro das maiores economias mundiais no Rio de Janeiro, em novembro.
É o… pic.twitter.com/jMSVRMUcpF
— Lula (@LulaOficial) August 28, 2024
Os empresários propuseram a criação de “códigos de conduta” para o uso da IA e a adoção de quadros globais para o desenvolvimento e aplicação da tecnologia de forma “ética e consciente”.
“O aumento do investimento em IA, que deverá atingir os 200 mil milhões de dólares [179,7 mil milhões de euros] até 2025, torna o desenvolvimento e a utilização ética e responsável uma questão urgente”, lê-se no documento.
Além disso, no domínio do comércio, os líderes empresariais apelaram a uma revisão das restrições unilaterais impostas pelos países do G20 nos últimos três anos.
De acordo com o documento, em outubro do ano passado, quase 12% das importações do G20 ainda estavam sujeitas a medidas restritivas, criando “distorções” que “limitam” as cadeias de produção das empresas.
Quanto à transição energética, foi proposto triplicar a utilização de energias renováveis até 2030, através de um melhor financiamento do setor público, do aumento do investimento em infraestruturas elétricas e de incentivos ao desenvolvimento da bioenergia.