O internacional português Pany Varela alertou esta segunda-feira para o “grupo difícil” que a seleção de futsal vai encontrar no Mundial2024, na véspera da viagem da comitiva para o Uzbequistão, após um estágio “duro, mas prazeroso”.

“É um grupo difícil, ao contrário do que a maioria das pessoas poderá pensar. Os jogos vão ter características completamente diferentes, mas temos de pensar no que temos de fazer e no que estamos capacitados para fazer. Vamos procurar os pontos fracos e teremos de saber os pontos fortes, para estarmos muito atentos, mas, essencialmente, ser Portugal, competir para vencer e meter em campo o nosso plano de jogo”, realçou.

A equipa das quinas, campeã mundial em título e bicampeã europeia, vai defrontar o Panamá, o Tajiquistão e Marrocos no Grupo E da competição, em busca de uma quarta fase final de sucesso seguida, mas Pany Varela quer pensar no torneio “passo a passo”.

“Não diria que somos um alvo a abater, mas, visto que somos os detentores, é óbvio que as outras seleções vão fazer tudo para chegar ao título. Temos de estar focados em nós e no nosso trabalho diário, nas tarefas de cada um. Não podemos controlar o que os adversários vão fazer. Se fizermos o que temos de fazer, eles terão de trabalhar muito para nos vencerem”, assegurou Pany Varela, presente nessas três conquistas.

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O ala, de 35 anos, destacou o “orgulho que não cabe” em si em representar mais uma vez a nação numa competição “muito especial”, fazendo um balanço do longo estágio.

“Tem sido um mês duro, mas prazeroso. Duro porque tivemos dias e treinos que nos levaram ao limite, prazeroso porque já andávamos há algum tempo à espera de estar aqui e com a ansiedade de saber a lista de convocados, tendo ainda a felicidade de não termos azares como teve o Pauleta, por exemplo. O que falta é refinar. O grosso já foi feito, agora é altura dos pormenores, que, em jogo, se tornarão pormaiores”, frisou.

Durante o estágio, que decorre desde 5 de agosto em Rio Maior, Viseu e, nos últimos dias, no pavilhão do Leões de Porto Salvo, Portugal disputou sete encontros de caráter particular, com quatro vitórias (4-1 ao Uzbequistão, 5-1 a Angola, 9-0 a Cuba e 6-1 à Costa Rica), dois empates (2-2 e 1-1 com o Paraguai) e um desaire (6-3 com a Ucrânia).

“Claro que temos de analisar e corrigir, pois os adversários que tivemos nesta fase são muito parecidos aos que vamos encontrar no Mundial. Faz parte do crescimento, nem sempre teremos o resultado que queremos, mas o que tem de ficar sempre em campo é o que nos caracteriza, que é a vontade de vencer, a garra, a determinação e ainda o bom futsal que gostamos de praticar”, disse o jogador, agora nos sauditas do Al Nassr.

Pany Varela revelou ainda uma conversa com Pauleta, que foi riscado da convocatória por lesão, ao prometer-lhe “correr um pouco mais por ele”, tal como os guarda-redes vão “fazer mais umas defesas” por Bernardo Paçó, outro nome que falhou a lista final, e assegurou que trocaria qualquer prémio individual por uma nova conquista coletiva.

A defesa do cetro de 2021 tem início frente ao Panamá, em 16 de setembro, às 13h30 (horas de Lisboa), seguindo-se os encontros com Tajiquistão, no dia 19, pelas 16h00, e Marrocos, no dia 22, a partir das 13h30, avançando os dois primeiros classificados de cada grupo, para além dos três melhores terceiros, para a etapa a eliminar do torneio, que se vai dividir entre três cidades do território asiático — Tashkent, Bukhara e Andijan.