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A Guarda Revolucionária Iraniana, oficialmente conhecida como Corpo dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla original), proibiu o uso de todos os aparelhos de comunicação, segundo a Reuters. A decisão foi tomada depois de centenas de pagers e walkie-talkies usados por elementos do Hezbollah terem explodido, o que causou várias mortes.

Um responsável da Guarda Revolucionária indicou que está em curso uma operação de larga escala para inspecionar todos os aparelhos, não apenas de comunicação. A maioria dos dispositivos usados ou foram fabricados internamente ou importados da China e da Rússia.

Segundo o alto responsável, o Irão está preocupado com uma eventual infiltração de agentes israelitas, tendo sido iniciada uma investigação “exaustiva” aos elementos de chefia média e superior do IRGC. Essa investigação vai incluir a análise das contas bancárias, no Irão e no estrangeiro, e do historial de viagens dos elementos em causa e das suas famílias.

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Depois dos pagers, os walkie-talkies. Centenas de aparelhos de comunicação do Hezbollah explodem no Líbano e causam 20 mortes

E como é que os elementos da Guarda Revolucionária, que tem mais 190 mil pessoas ao serviço, estão atualmente a comunicar? “Por agora, estamos a usar a encriptação ponto a ponto nos sistemas de mensagens”, respondeu, sem dar mais detalhes. Segundo a Reuters, o Hezbollah enviou para Teerão vários exemplares de aparelhos que explodiram nos ataques para que sejam examinados por peritos iranianos.

Os ataques consistiram na explosão primeiro (na terça-feira) de pagers e, depois (na quarta-feira) de walkie-talkies. Morreram 39 pessoas e mais de 3.000 ficaram feridas. O Líbano e o Hezbollah atribuíram a responsabilidade a Israel, que não confirmou nem negou o envolvimento.