O Presidente da República disse esta segunda-feira que este é um “dia bom” e um “dia feliz” por Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos já terem uma reunião marcada sobre o Orçamento do Estado para 2025. Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu diretamente a Pedro Nuno Santos — que minutos antes tinha dito que só haveria eleições se Montenegro e o Presidente quisessem –, mas enviou indiretas ao líder do PS e volta a pressioná-lo a aprovar o OE: “Tenho autoridade moral porque foi isso [aprovar o OE] que eu fiz quando fui líder da oposição. Fiz três vezes: uma negociei e duas nem negociei. E por uma razão simples: tínhamos de chegar ao Euro, havia uma situação europeia que justificava isso. Hoje temos uma situação mundial que o justifica”.

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O Presidente da República considera ser um “dia bom porque já está marcada a reunião entre os dois líderes dos dois principais líderes da oposição”, naquilo que considera “um primeiro passo”, que espera “que seja um de vários passos e, portanto, naquele caminho que é o melhor para Portugal”. A aprovação do OE, pressiona Marcelo, “não é o melhor para o líder A ou líder B, é para Portugal. E nesse sentido é bom, porque dispensa crises. Queremos dispensar crises.”

Marcelo Rebelo de Sousa recusou-se a verbalizar com todas as letras que haverá eleições se não houver orçamento, mas sugeriu que isso será inevitável no atual contexto político. “Se não houver orçamento, há crise política e económica. Porque não é a mesma coisa haver ou não [Orçamento]. Partidos fizeram promessas, quer da oposição, quer governo.”  O Presidente da República lembrou ainda que duodécimos foram possíveis e Espanha mas em Madrid tratava-se de um “Governo maioritário, em Portugal temos um Governo minoritário”.

Ainda assim, o Presidente mantém o otimismo: “Continuo fisgado na aprovação do Orçamento. Considero que qualquer solução que não seja passar o orçamento, é má.”

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