O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, esteve reunido com Luís Montenegro esta segunda-feira e falou sobre a discrição da reunião com o primeiro-ministro sobre o Orçamento do Estado, que foi noticiada pelo Observador ao início da tarde. “Não acho que haja uma necessidade absoluta de tornar estes encontros públicos, penso que é mais benéfico que possam acontecer com algum recato”, disse esta segunda-feira à noite, em entrevista à CNN.

Rui Rocha esclareceu que o facto de ter participado na reunião “não quer dizer” que a IL vote “favoravelmente” o Orçamento de Estado para 2025. “Da nossa parte há uma posição construtiva, mas isso não significa que haja uma predeterminação de um determinado sentido de voto no orçamento. Somos responsáveis”, acrescentou.

Luís Montenegro também recebeu na manhã desta segunda-feira o líder do Chega, André Ventura. O gabinete do primeiro-ministro emitiu uma nota a negar que tenham existido “reuniões secretas”, mas sim encontros sobre “temas de interesse nacional”, “que ocorrem muitas vezes com discrição e sem a presença da comunicação social”.

Governar “em duodécimos não faz sentido”

Em entrevista ao referido canal de televisão, Rui Rocha comentou as palavras de Luís Montenegro, que disse esta segunda-feira que “os duodécimos não são solução”, horas depois de o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dito que “se não houver Orçamento” para 2025, haverá “crise política e económica”. Também o presidente da IL afastou a possibilidade de apoiar um Governo em regime de duodécimos caso o OE seja “chumbado” pela Assembleia da República. “Em duodécimos não faz sentido. Ou há um orçamento ou então o que faz sentido é ir para eleições”, disse Rui Rocha.

O presidente da Iniciativa Liberal adiantou ainda que o partido vai apresentar esta terça-feira ao Governo um “primeiro conjunto de propostas”, entre elas um “pacote dirigido aos profissionais liberais e trabalhadores independentes” e uma proposta de “descida do ISP”, o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos.

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