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O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, prometeu esta terça-feira que o Irão não abandonará o seu aliado libanês Hezbollah na luta com Israel, um dia depois de bombardeamentos israelitas no Líbano terem provocado mais de 500 mortos.

O Hezbollah não pode ficar sozinho contra um país que é defendido, apoiado e abastecido por países ocidentais, europeus e pelos Estados Unidos”, afirmou Pezeshkian numa entrevista à televisão norte-americana CNN, citada pela agência francesa AFP.

Pezeshkian, que deverá discursar esta terça-feira na Assembleia Geral da ONU, defendeu que “a comunidade internacional não deve permitir que o Líbano se transforme numa nova Gaza nas mãos de Israel.

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“Temos de impedir os atos criminosos levados a cabo por Israel”, acrescentou, segundo a agência de notícias libanesa NNA.

Israel anunciou esta terça-feira novos bombardeamentos no Líbano contra as infraestruturas e o armamento Hezbollah, após um dia de bombardeamentos em grande escala na segunda-feira, durante o qual afirmou ter atingido cerca de 1.600 alvos.

“Nas últimas horas, o exército atacou alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano, incluindo lançadores de foguetes, infraestruturas terroristas e edifícios onde estavam armazenadas armas”, declarou o exército num comunicado.

As autoridades libanesas divulgaram um balanço de 492 mortos e mais de 1.600 feridos nos ataques de segunda-feira, que atingiram diferentes zonas do sul e do leste do Líbano.

Várias companhias aéreas europeias e árabes cancelaram as ligações com o aeroporto internacional de Beirute, devido aos bombardeamentos israelitas.

A NNA noticiou também que a Associação Libanesa de Futebol anunciou esta terça-feira a suspensão de todos os jogos dos campeonatos oficiais até uma data a determinar, devido às circunstâncias que o país está a atravessar.

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano.

A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel. Os atacantes também fizeram duas centenas de reféns que levaram para Gaza. O Hamas, que governa Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.