André Ventura acredita que Luís Montenegro está a sentir o tapete a fugir e que agora se está agora a voltar para o Chega para aprovar o Orçamento do Estado. Segundo o líder do Chega, o Governo sente que o “PS já não está” empenhado nas negociações e que procura agora outro parceiro para viabilizar o documento. Mas não terá sucesso, vai repetindo Ventura.

“O Governo escolheu o PS como parceiro para aprovar o Orçamento. Agora, sentem que o PS já não está aí. Nós avisámos. Percebemos que estávamos fora da negociação e o Governo continua a remar na senda do PS. Como é que podem viabilizar um Orçamento de direita com medidas que são estruturalmente de esquerda?”, desafiou o líder do Chega.

Referindo-se em concreto ao facto de o Governo estar a dar a sinais de querer ceder em matéria de IRS Jovem e IRC nas negociações com os socialistas e ao facto de estar a descongelar e a subir a taxa de carbono nos combustíveis, André Ventura disse que todos os sinais dados por Luís Montenegro afastam o Chega da mesa das negociações. “Isto é governar à esquerda, governar à socialista. Não estamos disponíveis para suportar um Governo que insiste em governar à socialista. Há um vício socialista neste Governo”, criticou Ventura.

Um dia depois de se ter encontrado com Luís Montenegro, numa reunião que acabou por ser tornada pública, o líder do Chega insiste que o partido está onde sempre esteve e que não é agora, a poucos dias de o Governo entregar um Orçamento do Estado, que será possível chegar a uma proposta que corresponda às preocupações de Ventura.

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