O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou-se esta quarta-feira otimista acerca da reunião com o líder do PS, Pedro Nuno Santo, sobre o Orçamento de Estado, agendada para sexta-feira. A aproximação entre o executivo e a oposição não é a apenas o seu desejo, mas “o de todos os portugueses”, defendeu o chefe do Governo em declarações aos jornalistas em Nova Iorque.
“Espero naturalmente que [a reunião] possa desembocar numa aproximação de posições, que seja passível de viabilizar o Orçamento. Isto não é aquilo que eu desejo, acho que é o desejo de todos os portugueses”, declarou, questionado sobre o que espera do encontro com Pedro Nuno Santos.
Montenegro chegou esta terça-feira a Nova Iorque para a sua primeira intervenção na Assembleia Geral das Nações Unidas, visita que teve de ser encurtada de quatro para dois dias devido aos incêndios em Portugal. Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro considerou que a ocasião “não é altura para passar para os temas nacionais, que naturalmente são relevantes”.
Nesse sentido, Luís Montenegro limitou-se a responder aos jornalistas sublinhando as declarações que já fez anteriormente. Sobre a nomeação de um nome para o cargo de Procurador-geral da República, respondeu que o “Governo não deixará de fazer aquilo que lhe compete, que é apresentar o nome, uma proposta ao Presidente e consensualizá-la com ele“. O chefe do Governo reafirmou que o consenso entre o Executivo e Belém é essencial para esta escolha e que só através da concertação se pode chegar a uma nomeação da parte do Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo e Montenegro fecham nome de novo procurador-geral da República até ao início de outubro
Questionado, então, sobre o estado desta relação com o Presidente da República, aplicado ao Orçamento de Estado, respondeu brevemente. “Vou dizer o que tenho dito sempre, estamos empenhados em dar um Orçamento de Estado para 2025 e não dar instabilidade aos portugueses”, afirmou.