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A partir do quarto de hotel em Nova Iorque, presumivelmente antes de, na assembleia-geral da ONU, acusar a instituição de “antissemitismo”, Benjamin Netanyahu deu luz verde às forças israelitas para que atacassem o quartel-general do Hezbolllah, no Líbano, onde Israel acreditava estar o líder do grupo, Hassan Nasrallah.
As forças israelitas viriam a garantir que se tratou de um ataque “preciso”, mas até à noite de sexta-feira não era totalmente claro se Nasrallah se encontrava no local e qual o seu estado de saúde. Fontes do Hezbollah indicaram à Sky News Arabia que o líder do grupo xiita está vivo e “num local seguro”. Já um alto funcionário israelieta disse à CNN Internacional que é “demasiado cedo” para saber se o objetivo do ataque — eliminar Nasrallah — foi concretizado. Depois dos ataques israelitas em Beirute, a liderança do Hezbollah terá ficado incontactável, indicou à Reuters uma fonte próxima do grupo.
Oficialmente, as Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram o sucedido. Apenas informaram, no X, sobre o ataque — que provocou pelo menos dois mortos e 76 feridos, números que podem aumentar dado que ainda decorrem os trabalhos de busca e salvamento. Mas sobre o paradeiro de Nasrallah, e o alegado falhanço da operação, nada disseram.
צה״ל תקף לפני זמן קצר את המפקדה המרכזית של ארגון הטרור חיזבאללה, הממוקמת מתחת לבנייני מגורים בלב הדאחייה שבביירות.
נכון לשעה זו, אין שינוי בהנחיות פיקוד העורף. אנחנו נעדכן על כל שינוי באופן מיידי בפלטפורמות הרשמיות של פיקוד העורף
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) September 27, 2024
O gabinete do primeiro-ministro israelita divulgou aos órgãos de comunicação social do país uma fotografia que diz mostrar Benjamin Netanyahu a aprovar o ataque contra o quartel-general do Hezbollah, em Beirute. Segundo o The Times of Israel, a fotografia terá sido tirada antes de Netanyahu sair do hotel, em Nova Iorque, para discursar na ONU. As primeiras notícias do ataque começaram a surgir já Netanyahu tinha terminado de discursar. O líder israelita viria a antecipar o regresso a Televive.
Da parte do Hezbollah, a única reação oficial veio do gabinete de imprensa, que divulgou uma mensagem enigmática e genérica: “Não há verdade em nenhuma afirmação” sobre o ataque israelita, afirmou, sem especificar a que afirmações se refere.
???????????? BREAKING: Leader of Hezbollah Hassan Nasrallah targeted in new attacks by Israel in Beirut, Lebanon. It is unclear if he is still alive.
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— RTSG News (@RTSG_News) September 27, 2024
O ataque está a ser visto como uma escalada do conflito que, nas palavras do Irão, “muda as regras do jogo” e merecerá uma punição “adequada e disciplinada”. “Mais uma vez, o regime israelita está a cometer um massacre sangrento, visando bairros residenciais densamente povoados, emitindo falsas justificações numa tentativa de cobrir o seu crime brutal”, defende a embaixada iraniana no Líbano, num tweet.
O Líbano respondeu aos ataques com tentativas de bombardeamentos, em Safed, no norte de Israel. “Alguns dos projéteis foram intercetados e foram recebidos relatórios sobre projéteis que caíram na cidade”, destacaram as IDF. Israel, por sua vez, além do quartel-general do Hezbollah, visou outros ataques a infraestruturas do grupo.