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A partir do quarto de hotel em Nova Iorque, presumivelmente antes de, na assembleia-geral da ONU, acusar a instituição de “antissemitismo”, Benjamin Netanyahu deu luz verde às forças israelitas para que atacassem o quartel-general do Hezbolllah, no Líbano, onde Israel acreditava estar o líder do grupo, Hassan Nasrallah.

As forças israelitas viriam a garantir que se tratou de um ataque “preciso”, mas até à noite de sexta-feira não era totalmente claro se Nasrallah se encontrava no local e qual o seu estado de saúde. Fontes do Hezbollah indicaram à Sky News Arabia que o líder do grupo xiita está vivo e “num local seguro”. Já um alto funcionário israelieta disse à CNN Internacional que é “demasiado cedo” para saber se o objetivo do ataque — eliminar Nasrallah — foi concretizado. Depois dos ataques israelitas em Beirute, a liderança do Hezbollah terá ficado incontactável, indicou à Reuters uma fonte próxima do grupo.

Oficialmente, as Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram o sucedido. Apenas informaram, no X, sobre o ataque — que provocou pelo menos dois mortos e 76 feridos, números que podem aumentar dado que ainda decorrem os trabalhos de busca e salvamento. Mas sobre o paradeiro de Nasrallah, e o alegado falhanço da operação, nada disseram.

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O gabinete do primeiro-ministro israelita divulgou aos órgãos de comunicação social do país uma fotografia que diz mostrar Benjamin Netanyahu a aprovar o ataque contra o quartel-general do Hezbollah, em Beirute. Segundo o The Times of Israel, a fotografia terá sido tirada antes de Netanyahu sair do hotel, em Nova Iorque, para discursar na ONU. As primeiras notícias do ataque começaram a surgir já Netanyahu tinha terminado de discursar. O líder israelita viria a antecipar o regresso a Televive.

Da parte do Hezbollah, a única reação oficial veio do gabinete de imprensa, que divulgou uma mensagem enigmática e genérica: “Não há verdade em nenhuma afirmação” sobre o ataque israelita, afirmou, sem especificar a que afirmações se refere.

O ataque está a ser visto como uma escalada do conflito que, nas palavras do Irão, “muda as regras do jogo” e merecerá uma punição “adequada e disciplinada”. “Mais uma vez, o regime israelita está a cometer um massacre sangrento, visando bairros residenciais densamente povoados, emitindo falsas justificações numa tentativa de cobrir o seu crime brutal”, defende a embaixada iraniana no Líbano, num tweet.

O Líbano respondeu aos ataques com tentativas de bombardeamentos, em Safed, no norte de Israel. “Alguns dos projéteis foram intercetados e foram recebidos relatórios sobre projéteis que caíram na cidade”, destacaram as IDF. Israel, por sua vez, além do quartel-general do Hezbollah, visou outros ataques a infraestruturas do grupo.