A Câmara de Coimbra aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar a Teresa Portugal, propondo que o nome da antiga vereadora da cultura seja atribuído a um espaço da cidade, dando a sugestão da Casa da Cultura.

A Câmara de Coimbra aprovou por unanimidade o voto de pesar por Teresa Portugal, apresentado pelos vereadores do PS, recordando a antiga vereadora da cultura e deputada da Assembleia da República, que morreu a 02 de novembro, aos 85 anos.

O documento defende que Teresa Portugal “merece o reconhecimento e a homenagem de Coimbra”, pelos “seus valores e princípios, pelo combate à ditadura e luta pela liberdade, pela cultura e ação social, pelo seu humanismo”.

Nesse sentido, é proposto que seja atribuído o nome de Teresa Portugal “a um espaço geográfica no aglomerado urbano, nomeadamente arruamento na toponímia da cidade ou, por exemplo, a Casa Municipal da Cultura”.

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O voto de pesar recorda o extenso trabalho de Teresa Alegre Portugal enquanto vereadora da cultura da Câmara de Coimbra durante 12 anos, nomeadamente a criação da Casa Municipal da Cultura, o arranque de uma política de aquisição de coleção de arte municipal, o apoio às companhias de teatro locais, a compra da casa do poeta João José Cochofel e a criação de eventos como o festival José Afonso ou o festival de Música de Coimbra.

Licenciada em Filologia Germânica, Teresa Portugal foi professora no ensino secundário.

Antes da votação do voto de pesar, o vereador do PS Hernâni Caniço recordou que esta homenagem é também proposta por um grupo de mais de 300 cidadãos que entregaram hoje uma petição nesse sentido ao presidente da Câmara de Coimbra.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra, considerou Teresa Portugal “uma figura referencial de Coimbra e uma grande mulher, com uma incessante intervenção política, cívica, social e cultural”.

“Associo-me à intervenção e à proposta que vai ser realizada pelo Partido Socialista”, vincou.

Também o vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, enalteceu a intervenção “cívica e política” de Teresa Portugal, “desde os tempos do fascismo”, considerando que prestou “serviços relevantes à cidade”.