O emissário norte-americano do Presidente democrata cessante, Joe Biden, na COP29, John Podesta, assegurou esta segunda-feira que os Estados Unidos continuarão a luta contra as alterações climáticas, apesar da chegada ao poder do cético climático Donald Trump.

“Mesmo que o Governo federal dos EUA sob Donald Trump interrompa a ação climática, o trabalho para conter as alterações climáticas continuará nos Estados Unidos com compromisso, paixão e fé“, disse Podesta numa conferência de imprensa em Baku, onde decorre a COP29.

O Governo democrata assegura a representação norte-americana nas negociações desta cimeira, com o republicano Donald Trump a apenas tomar posse em 20 de janeiro.

Os Estados Unidos estão, por isso, a negociar nos termos do atual Governo, liderado pelo democrata Joe Biden, mesmo sabendo-se que qualquer compromisso da sua parte será enfraquecido pela mudança política provocada pelas recentes eleições presidenciais.

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Em janeiro, teremos um Presidente cuja relação com as alterações climáticas passa pelas palavras falsas e pelos combustíveis fósseis. Ele prometeu abandonar as proteções ambientais e voltar a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. Foi o que ele disse e temos de acreditar nele”, admitiu Podesta.

Estamos aqui na COP29 para continuar a trabalhar em conjunto com os nossos parceiros globais e outras partes“, acrescentou, contudo, o emissário norte-americano.

John Podesta destacou as ações que poderão vir a ser tomadas pelos diferentes governos estaduais do seu país, bem como pelas cidades, empresários, empresas e cidadãos norte-americanos.

Uma parte significativa da ação climática pode ser decidida a nível estadual, por exemplo, com normas para veículos, como fez a Califórnia, mas continua a ser grande o risco de, a nível federal, o próximo Governo reverter muitas leis relativas às emissões de gases com efeito de estufa, especialmente para as centrais elétricas alimentadas a carvão.