Investigadores da Argentina, Brasil, Espanha, México, Portugal e Ucrânia participam na quarta edição das Jornadas Internacionais de Etnografia de Leiria, que se realizam no sábado, na freguesia da Caranguejeira.

Contrabando do volfrâmio, a pesca artesanal da tainha, trajes ucranianos dos séculos XIX e XX, as coleções do Museu de Penamacor, rios com história ou a poética da eira são alguns dos temas a tratar nesta iniciativa promovida pelo município de Leiria e pelo Agromuseu Municipal Dona Julinha.

“As quartas Jornadas Internacionais de Etnografia servem para termos aqui um momento também de reflexão e de estudo dentro da área de etnografia”, reunindo “académicos e não-académicos” num dia de partilha e debate, explicou à agência Lusa o coordenador da iniciativa, Adélio Amaro.

Este ano, as jornadas contam com 12 oradores divididos em quatro painéis. “Temos pessoas da Ucrânia, do Brasil, Espanha, da Argentina, além dos portugueses, numa parceria que envolve várias instituições, como a Universidade de Salamanca, entre outras”.

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No Centro Social e Paroquial da Caranguejeira, uma das freguesias do concelho de Leiria, serão abordados quatro temas. “O primeiro será sobre as ‘Rotas do Conhecimento e o saber fazer’, o segundo sobre ‘Arte e etnomusicologia’, um terceiro ‘A museologia e a sociedade’ e um último ‘Da tradição ao contemporâneo'”.

Este ano, as Jornadas Internacionais de Etnografia estendem-se também a um segundo dia, domingo, 17 de novembro, com sessão prática sobre “Origens, tradição sinfónica e cultura popular”, no Auditório da Filarmónica de Chãs, em Regueira de Pontes.

A dias da quarta edição, o coordenador das Jornadas Internacionais de Etnografia faz “um balanço muito positivo” da iniciativa. “A participação tem sido excelente, com muitas pessoas, não só de Leiria, mas de todo o país, além dos internacionais. Mesmo para as quartas jornadas já temos pessoas inscritas de várias localidades do nosso país e também alguns estrangeiros, especialmente espanhóis”.

A reflexão sobre etnografia promovida por Leiria tem atraído “investigadores, académicos, mas também temos apenas curiosos que gostam desta área e vêm trocar experiências”, concluiu Adélio Amaro.