A Câmara Municipal de Lisboa pretende avançar com uma alteração ao regulamento do programa Lojas com História, de forma a prevenir o encerramento de estabelecimentos históricos da capital, assegurou hoje a vereadora responsável pelos pelouros da Economia e Inovação.

Vamos avançar com uma alteração ao regulamento das Lojas com História. Estamos naturalmente a acautelar estas situações de as Lojas com História não darem muitas vezes o salto [e acabarem por fechar]”, afirmou Joana Oliveira e Costa.

A autarca falava durante uma audição conjunta da 1.º e da 2.º comissões da Assembleia Municipal de Lisboa, no âmbito da discussão da proposta de orçamento municipal para 2025, no valor de 1.359 milhões de euros.

Durante a audição, que durou mais de três horas, Joana Oliveira e Costa foi questionada sobre os critérios do programa municipal Lojas com História e sobre o encerramento de portas de alguns estabelecimentos que não o integram.

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“São lojas que muitas vezes são geridas por um proprietário muito concreto e que depois não arranja linha de sucessão à sua loja, acabando por deixar o seu negócio”, justificou.

Criado em fevereiro de 2015, o programa municipal prevê a distinção e atribuição de apoio financeiro aos estabelecimentos classificados, para intervenções em áreas como a arquitetura e restauro, cultura e economia.

Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025), proposto pela gestão PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa Lisboa sem maioria absoluta. Se for aprovado, será executado em ano de eleições autárquicas.

Os primeiros três orçamentos da liderança PSD/CDS-PP foram aprovados devido à abstenção do PS, tendo a restante oposição — PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) — votado contra.