A manifestação do Chega contra o que qualificam de imigração descontrolada e insegurança nas ruas, juntou este sábado centenas de pessoas no Porto. O momento contou com a presença de André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos. E que quis deixar uma mensagem clara aos imigrantes que estão no país: “Este país é nosso, aqui vive-se como nós queremos e decidimos.”

O líder do Chega, André Ventura, subiu ao palco montado nos Aliados pelas 17h10, e, dirigindo-se ao imigrantes, avisou: “Não nos vêm dizer como é que as nossas mulheres se devem vestir, se os animais podem ou não andar na rua. Não podem comer nem gatos, nem cães, nem lagartos. Este país é nosso, aqui vive-se como nós queremos e decidimos”.

Recorde-se que esta mesma ideia já tinha sido deixada por Donald Trump durante a campanha presidencial dos Estados. Muito aplaudido pelas centenas de manifestantes com bandeiras de Portugal, Ventura gritou várias “Portugal é nosso! Portugal é nosso”. “Porque nesta cidade invicta, nós vamos ser invencíveis. Nós vamos vencer”, declarou.

Focando-se na insegurança que diz existir no Porto, o líder do Chega diz ter falado com homens e mulheres sobre a insegurança efetiva na cidade. O deputado disse que as mulheres que têm “medo de serem perseguidas ou atacadas, medo de andarem pelo país, onde deviam sentir-se seguras”.

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“Ameaçam-nos com prisão [por falarmos de imigração], mas nós vamos sair à rua e vamos lutar pelos vossos filhos e pelos vossos netos”, prometeu o líder do Chega, afirmando que nunca vai sair de Portugal e que vai lutar pelo país.

O presidente do partido que organizou a manifestação deste sábado disse ainda que a imigração aumentou em Portugal 95% só nos últimos dois anos. “Nas nossas cadeias 30% dos que foram detidos são estrangeiros, e 20% dos que estão presos são estrangeiros”, declarou, enquanto os manifestantes assobiaram e criticaram.

Para Ventura, há apenas dois caminhos: ou Portugal controla as suas fronteiras, ou torna-se igual a outros países (como França e Bélgica). O líder do Chega aproveitou ainda para criticar os restantes partidos políticos, acusando-os de se focarem em discutir aumentos de salários em vez de discutirem “o controlo da imigração”.

Na manifestação deste sábado, foram vários os cartazes e palavras de ordem que se fizeram ouvir. As cerca de 100 pessoas que se juntaram no Porto gritavam: “Nem mais um imigrante ilegal”, “fim à imigração ilegal”, “o lixo fora de casa”, “Chega desta bandalheira” e “expulsão de imigrantes que cometam crimes”.