O chefe da agência de serviços secretos britânicos (MI6), Richard Moore, deixou, esta sexta-feira, duras críticas a uma recém-descoberta rede de sabotagem “incrivelmente irresponsável” da Rússia para criar o “caos” na Europa, de forma a retaliar contra o apoio à Ucrânia.

A campanha de sabotagem estava a ser levada a cabo pelos serviços de informações do Ministério da Defesa da Rússia (GRU) e tem como objetivo criar o “caos” no Reino Unido e na Europa, indicou Richard Moore, num discurso em Paris, citado pela Reuters.

Richard Moore avisou igualmente que Vladimir Putin quer reduzir a Ucrânia a um estado vassalo e afirmou que o Presidente russo, caso tiver sucesso, não parará na Ucrânia. “A nossa segurança — britânica, francesa, europeia e transatlântica — estará comprometida”, alertou.

Para além da “rede surpreendentemente imprudente de sabotagem russa na Europa”, Richard Moore criticou ainda as tentativas de Vladimir Putin e dos seus aliados de “agitarem o papão do nuclear para semear o medo sobre as implicações da ajuda à Ucrânia”.

Apesar das ameaças, Richard Moore defendeu a necessidade de o Ocidente apoiar a Ucrânia, recordando “os custos de não o fazer”. “Serão infinitamente mais altos. Se Putin tiver sucesso, a China pensaria se valeria a pena [fazer algo idêntico]. A Coreia do Norte também sairia fortalecida e o Irão também se tornaria mais perigoso”, expõe Richard Moore.

Sobre a relação entre o Reino Unido e os Estados Unidos numa segunda administração Trump, Richard Moore lembrou que trabalhou “bem” com a primeira administração do Presidente norte-americano eleito e que espera fazer o mesmo a partir de 20 de janeiro de 2025.

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