A Federação Internacional dos Médicos (FNAM) lamentou esta sexta-feira que o Orçamento do estado para 2025 mantenha o sub-financiamento do Serviço Nacional de Saúde e não preveja a melhoria do salário base dos médicos nem a valorização da carreira.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira a propósito da votação das propostas de alteração ao OE2025 apresentadas pelos partidos, a FNAM recorda que das 257 propostas relativas à saúde a maioria dos deputados escolheu não aprovar as referentes à valorização salarial e à melhoria das condições de trabalho, como o regime de exclusividade e os planos para fixação de médicos.
“Algumas destas propostas, se aprovadas, poderiam constituir medidas centrais numa estratégia global para reverter a fuga de médicos do SNS”, afirma a FNAM, considerando que, desta forma, “os médicos vão continuar a ser ‘expulsos'” do serviço público “com prejuízo para a população e a sua saúde”.
A federação adianta que continuará a defender condições e jornadas de trabalho semanais que promovam a segurança dos doentes, previnam a exaustão, através da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar, e salários justos para todos os médicos, com direito à progressão e dignificação da carreira.
O processo orçamental encerra esta sexta-feira, com as intervenções dos partidos e do Governo e a votação final global do OE2025, que já tem viabilização garantida através da abstenção do PS.