A 38.ª edição do Festival da Música da Madeira decorre entre os dias 8 e 29 de março do próximo ano, com a realização de 10 concertos e o envolvimento de 86 artistas, foi anunciado esta sexta-feira.

“Teremos música sinfónica, de câmara, vocal e instrumental, que estará diluída cadenciadamente ao longo do mês de março oferecendo formalmente ao nosso público, propostas musicais diversas e ricas nas suas várias linguagens estéticas”, afirmou o diretor artístico do evento, organizado pela Orquestra Clássica da Madeira.

Falando na apresentação do festival, que decorreu no Museu da Fotografia, no Funchal, Norberto Gomes salientou que a iniciativa conta com a presença de compositores intemporais, nacionais e regionais, “artistas consagrados e instrumentistas, ensembles premiados em concursos nacionais e internacionais, linguagens estéticas que vão desde a música erudita ao jazz, passando também pela world music“.

Os 86 artistas convidados são provenientes de Portugal, Israel, França, Hungria, Ucrânia, Sérvia, Reino Unido, Roménia, Itália, Bélgica, China, Argentina, Cuba e Brasil.

O concerto inaugural decorre no dia 8 de março, no Centro de Congressos da Madeira, às 21h00 com o maestro e violinista Shlomo Mintz.

Os dois concertos seguintes decorrem no salão nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, um com a pianista Suzana Bartal, em 9 de março, e outro com o Dialecticae Piano Trio, em 14 de março.

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Entre as várias atuações previstas ao longo dos dias de festival, destaca-se ainda o recital de piano jazz com Mário Laginha, em 28 de março, com entrada gratuita, no hotel Vila Galé Santa Cruz, às 21h00.

No último dia do evento, 29 de março, a Orquestra Clássica da Madeira atua com o trio de Pablo Lapidusas e o concerto de encerramento está a cargo do maestro José Eduardo Gomes.

O Festival da Música inclui também seis masterclasses dirigidas a alunos, docentes e profissionais do meio artístico, assim como programação para crianças, nomeadamente da ala pediátrica do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

A presidente da Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA), entidade gestora da Orquestra Clássica da Madeira, sublinhou que este festival de música erudita, “que também poderá passar por outros géneros musicais, tem por intuito cultivar a audiência, valorizar o património do passado e o património do presente, através da execução de música de diferentes épocas e estilos, bem como valorizar a promoção da inclusão social e da interculturalidade”.

Vanda de França realçou que os parceiros do evento, entre os quais se inclui o governo regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, são “fundamentais na concretização do projeto, porque as receitas não conseguem cobrir os encargos”.

“Estima-se que este festival apenas possa conseguir cobrir cerca de 13% dos encargos previstos, tendo presente que irão ser realizadas várias atividades com entrada gratuita”, apontou.

O Festival de Música da Madeira realizou-se pela primeira vez em 1959, tendo passado por diversas fases. Esta é a segunda vez que o evento se realiza depois de ter retomado este ano após um interregno de nove anos.