O antigo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, reafirmou a sua disponibilidade e interesse pessoal em apresentar uma candidatura à Presidência da República, caso existissem sondagens que “dessem a possibilidade de disputar a eleição”.
Em declarações ao canal Now, o ex-governante do PSD (entretanto saiu do partido) admite reunir a “experiência e o conjunto de atributos” necessários num candidato a Belém, realçando a sua “capacidade de diálogo com todos os setores políticos” e o conhecimento que recolheu nas suas diversas posições executivas. “Conheço o suficiente o que é ser primeiro-ministro, membro do governo, presidente da câmara, provedor da Santa Casa da Misericórdia, presidente de um clube de futebol, secretário de estado da Cultura. Eu conheço os setores todos”, sublinha. “Oxalá o Presidente da República, não sendo eu, seja alguém que também tenha esse conhecimento“.
Sobre os vários nomes apontados para corrida presidencial, Santana Lopes não tem “dúvida nenhuma” que o almirante Henrique Gouveia e Melo se vai apresentar enquanto candidato, depois de ter dado conhecimento da sua decisão de não pretender ser reconduzido como chefe do Estado-Maior da Armada. À semelhança do caso de Marcelo Rebelo de Sousa e Aníbal Cavaco Silva, “que já se sabia que iam ganhar”, o antigo primeiro-ministro acredita que também Gouveia e Melo poderá ser o grande vencedor das eleições.
Gouveia e Melo não quer ser reconduzido e já informou Governo. Fica livre para ser candidato a Belém
Também deu o seu parecer sobre os potenciais candidatos do Partido Socialista, referindo que Mário Centeno, apesar de “excelente tecnicamente na sua área”, ainda não viu, “nas suas tomadas de decisão e discurso político, o conjunto necessário de atributos” para competir pelo lugar no Palácio de Belém. No entanto, afirma ver em António José Seguro tudo aquilo que falta ao governador do Banco de Portugal.