A área da manutenção e engenharia de aeronaves e motores foi identificada pela TAP como tendo potencial de crescimento e geração de receitas. “Temos uma enorme capacidade técnica e conhecimento residente na companhia que nos permite explorar”, afirmou o presidente executivo da empresa num encontro com jornalistas. A manutenção vale hoje 200 a 250 milhões de euros por ano e a TAP está a discutir um plano para quadruplicar esse valor com a criação de um polo em Portugal, revelou Luís Rodrigues.

“Vamos atrás de mil milhões de euros” em receitas de manutenção. O gestor não quis indicar um período temporal para esta meta, mas considerou que a decisão do Governo de construir um novo aeroporto (em Alcochete) até 2034 é o horizonte com o qual a empresa está a trabalhar.

O desenvolvimento desse polo implica a saída do espaço congestionado do atual aeroporto, mas não precisa necessariamente de esperar pelo Campo de Tiro de Alcochete porque esta atividade não tem necessariamente de estar localizada no espaço aeroportuário. Sobretudo quando está em causa a manutenção de motores que é uma área “facilmente descentralizável” e que tem enorme “potencial de expansão” no futuro.

A TAP está a olhar para as oportunidades e para os investimentos necessários, mas, existindo uma decisão de privatizar a companhia em 2025, só será razoável tomar essas decisões com o novo acionista. “É um projeto que queremos deixar para os potenciais compradores como uma oportunidade que pode ser valorizada” no quadro das ofertas pela transportadora portuguesa.

No passado e antes da privatização de 2015, a TAP teve um projeto de desenvolvimento da área da manutenção no mercado internacional associado à compra da empresa de manutenção da antiga Varig no Brasil, a VEM. No entanto, este investimento correu mal e a TAP teve de fechar a companhia com perdas avultadas.

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