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Já foi testado em combate e agora será produzido em massa: “Peklo”, ou “inferno” em português, é o mais recente drone-míssil fabricado na Ucrânia e tem um alcance de 700 km. Numa altura em que se fala da inovação trazida pelo míssil balístico de alcance intermédio “Oreshnik“, da Rússia, as forças militares da Ucrânia anunciam um novo recurso para o combate aéreo.

Putin ordena mais testes e produção em massa de novo míssil balístico

“Drone-míssil Peklo. A nossa arma ucraniana, que já provou o seu valor em combate. Hoje [sexta-feira], entregámos o primeiro lote às nossas Forças de Defesa. A próxima tarefa é aumentar a produção e a utilização”, escreveu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na rede social X.

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O “inferno” que as forças ucranianas agora têm ao seu dispor pode ser visto como algo semelhante a um míssil cruzeiro, voa a baixas altitudes numa trajetória definida até alcançar o alvo selecionado, e pode ainda atingir velocidades de 700 km/h. Pouco menos de um mês depois de ter sido concedida a autorização para utilizar armas ocidentais de longo alcance em solo russo, a Defesa ucraniana passa a ter uma opção de acesso livre que tem mais que o dobro do alcance dos mísseis ATACMS dos Estados Unidos da América (300 km) e os Storm Shadow fornecidos pelo Reino Unido (270 km).

Detalhes adicionais sobre o drone-míssil não foram revelados durante a inauguração por motivos de segurança, mas Zelensky sublinha que o “Peklo” é um “género fundamentalmente novo” de armamento e já foi utilizado cinco vezes. Segundo o The Kyiv Independent, que cita oficiais ucranianos, este novo meio de combate aéreo fabricado na Ucrânia é eficaz em termos de custos de produção e está ao nível de alguns mísseis cruzeiro russos no que toca no seu desempenho.

Volodymyr Zelensky na inauguração do novo drone-míssil “Peklo”

Rustem Umerov, na passada quarta-feira, revelou ter começado a produção de um outro drone-míssil híbrido, designado “Paliantysia“, tendo o mesmo propósito que o “Peklo” em termos de utilização no combate. “O uso de mísseis estrangeiros requer a coordenação com os aliados… Mísseis cruzeiro e balísticos ucranianos permitem a liberdade das nossas Forças Armadas realizarem ataques precisos em alvos inimigos chave”, explica o ministro da Defesa da Ucrânia.