Um tribunal da China condenou esta quarta-feira dois antigos dirigentes da Associação Chinesa de Futebol (CFA) a penas de prisão por corrupção, no contexto de uma grande campanha anticorrupção na modalidade.

Liu Yi, antigo secretário-geral da CFA, foi condenado a 11 anos de prisão e multado em 3,6 milhões de yuan (472 mil euros) por “aceitar subornos”, informou um tribunal da província de Hubei, no centro da China.

Um outro tribunal de Hubei anunciou igualmente que Tan Hai, antigo chefe do gabinete de gestão de árbitros da CFA, foi condenado a seis anos e meio de prisão e multado em 200 mil yuan (26 mil euros).

“Os bens que obteve vão ser confiscados em conformidade com a lei e entregues ao tesouro público”, declarou a justiça.

Numa outra decisão judicial, na terça-feira, Qi Jun, antigo diretor de planeamento estratégico da CFA, foi condenado a sete anos de prisão e multado em 600 mil yuan (78.646 euros) por corrupção.

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Após ascender ao poder, em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma ampla campanha contra a corrupção.

Alguns analistas elogiam os efeitos desta campanha, mas outros acreditam que está também a ser utilizada para eliminar potenciais rivais políticos.

No final de 2022, as autoridades começaram a visar altos funcionários do futebol.

O antigo presidente da CFA, Chen Xuyuan, foi condenado a prisão perpétua em março por aceitar subornos.

No mesmo mês, o antigo treinador da seleção nacional, Li Tie, que foi acusado em agosto de 2023, também se declarou culpado de igual acusação.

Xi Jinping, que se descreve como um adepto do futebol, quer que a China organize e ganhe um dia o Campeonato do Mundo.

Mas ainda há um longo caminho a percorrer: a equipa chinesa está classificada em 90º lugar no ranking mundial da FIFA, o organismo que rege o futebol, logo acima da ilha caribenha de Curaçao.