A SIC e a apresentadora de televisão Cristina Ferreira anunciaram esta quarta-feira ter chegado a um acordo que pôs fim ao litígio entre as duas partes — depois de, no mês passado, a justiça portuguesa ter decidido executar bens da Amor Ponto (empresa de Cristina Ferreira) num montante até 4,7 milhões de euros, na sequência da condenação da empresa no caso relativo à quebra do contrato entre Cristina Ferreira e a SIC.

A informação foi confirmada num comunicado conjunto enviado aos meios de comunicação social. “A SIC, a Amor Ponto e Cristina Ferreira informam que chegaram a um acordo mútuo no âmbito do litígio que opunha a primeira às segundas”, lê-se a nota. “Este acordo, alcançado após negociações construtivas, põe termo ao litígio existente entre as partes. Ambos os lados expressam satisfação com a resolução encontrada”. Os contornos do acordo agora alcançado não foram divulgados.

Tribunal Judicial de Lisboa Oeste executa bens da empresa de Cristina Ferreira

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Em causa está a polémica em torno das transferências de Cristina Ferreira entre a SIC e a TVI. Em agosto de 2018, a popular apresentadora televisiva saiu da TVI, estação onde tinha trabalhado durante largos anos, para a SIC, numa transferência milionária. Dois anos depois, contudo, regressou à TVI, desta vez já não apenas como apresentadora, mas também para assumir funções na administração.

A saída da SIC ficou marcada por bastante controvérsia, com a estação do grupo Impresa a acusar Cristina Ferreira de decidir “cessar funções unilateralmente” apesar de o seu contrato prever um vínculo até novembro de 2022. A estação falou mesmo de uma “decisão abrupta e supreendente”, exigindo à apresentadora uma indemnização de 4 milhões de euros por quebra de compromissos contratuais.

Cristina regressa à TVI como acionista. SIC exige 4 milhões por “decisão abrupta e unilateral”

Já em junho deste ano, o tribunal de Sintra deu razão à SIC e condenou a Amor Ponto (empresa de Cristina Ferreira que celebrou o contrato com a estação) a pagar mais de 3,3 milhões de euros de indemnização pela quebra do contrato. A apresentadora recorreu da sentença, mas não pediu efeitos suspensivos. Em novembro, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste decidiu executar bens da empresa Amor Ponto num montante até 4,7 milhões de euros.