s embaixadores dos Estados-membros junto da União Europeia (UE) chegaram esta quarta-feira a acordo sobre o 15.º pacote de sanções à Rússia face à invasão da Ucrânia, abrangendo a “frota-fantasma” que transporta petróleo russo, informaram fontes diplomáticas.

“Os embaixadores acabam de chegar a acordo sobre o 15.º pacote de sanções em reação à agressão da Rússia contra a Ucrânia”, anunciou a presidência húngara rotativa do Conselho da UE numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

A informação foi confirmada à Lusa por fontes diplomáticas comunitárias, que precisaram que este acordo de princípio sobre o 15º pacote de sanções à Rússia será adotado no Conselho de Negócios Estrangeiros, na próxima segunda-feira em Bruxelas.

A ideia é abranger os navios-tanque que transportam petróleo russo, a “frota-fantasma” russa, que se traduz numa importante fonte de financiamento para a Rússia continuar a sua guerra na Ucrânia.

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Em concreto, neste pacote aprovado esta quarta-feira, serão abrangidos cerca de 50 navios-tanque, de acordo com as fontes diplomáticas ouvidas pela Lusa.

De forma a contornar as sanções da UE a este combustível fóssil, Moscovo utiliza petroleiros antigos para exportar petróleo bruto e produtos petrolíferos para o estrangeiro, navios que, além de não respeitarem os habituais registos, também suscitam receios quanto ao elevado risco de catástrofes ambientais, incluindo derrames de petróleo.

No X, a presidência húngara rotativa do Conselho da UE informa ainda que o novo pacote de medidas restritivas “acrescenta mais pessoas e entidades à lista de sanções já existente e visa entidades na Rússia e em países terceiros que não a Rússia que contribuem indiretamente para o reforço militar e tecnológico da Rússia através da evasão às restrições à exportação”.

Além disso, “as sanções adotadas restringem a atividade de outros navios de Estados terceiros que operam para contribuir ou apoiar ações ou políticas de apoio às ações da Rússia contra a Ucrânia”, adianta Budapeste.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, a UE tem prestado apoio a Kiev e avançado com pesadas sanções contra Moscovo.