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O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou esta quarta-feira que “o fim da ditadura síria” representa um “sinal de esperança” tanto para a Síria como para todo o Médio Oriente, sublinhando que a ONU está “totalmente empenhada” numa “transição suave”.

Guterres, que participou numa reunião relacionada com o G20 (grupo das 20 maiores e emergentes economias do mundo) em Pretória, na África do Sul, apelou para que o fim do regime do líder sírio Bashar al-Assad dê lugar a “um processo político inclusivo em que os direitos de todas as minorias sejam plenamente respeitados”.

“Estou confiante de que o povo sírio será capaz de escolher o seu próprio destino”, disse.

Nas mesmas declarações, o secretário-geral da ONU defendeu uma “Síria soberana e unida”, para que “a sua integridade territorial seja totalmente restaurada”, sem referir diretamente quais os atores que poderiam pôr em risco essa integridade.

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Entretanto, o enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, já se encontra em contacto com “todos os atores-chave” para analisar o novo contexto.

Na terça-feira, Pedersen sublinhou que a Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e outras formações rebeldes enviaram “boas mensagens” à população desde o início da ofensiva relâmpago contra as tropas governamentais.

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O enviado também abriu a possibilidade para que a ONU considere a possibilidade de retirar a HTS da sua lista de organizações terroristas.

Os rebeldes da coligação vitoriosa da HTS lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro a partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiram expulsar em poucos dias o exército do regime de Bashar al-Assad das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco, a capital do país.

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