O Museu Nacional do Brasil, reduzido a escombros em 2018 num incêndio, precisa de 15 milhões de euros até março para reabrir em 2026, disse o diretor da instituição fundada por D. João VI em 1818.

“É necessário que entre ainda este ano uma quantia razoável e uma outra parte até março do ano que vem”, sublinhou à Lusa o diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, no dia em que a Embaixada de Portugal em Brasília acolhe o lançamento da publicação sobre o Museu, onde o acervo e a longa história são os principais intervenientes.

Esse dinheiro, detalhou o responsável, terá como prioridade a conclusão das obras. No total já foram alocados 260 milhões de reais (mais de 40 milhões de euros) através de recursos de parcerias público-privadas e do apoio de instituições.

Portugal, disse à Lusa o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, “tem participado neste projeto de reconstrução do Museu Nacional, que ardeu em setembro de 2018, desde o início, designadamente fazendo parte do Comité Institucional do projeto Museu Nacional Vivo”, ajudando com apoio financeiro alguns projetos.

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Além disso, frisou Alexander Kellner, estão a ser negociados com instituições em Portugal, Egito, Alemanha a doação de acervo.

No caso português, o acervo negociado é “do tempo do Império, do tempo de quando Portugal esteve no Brasil e também acervo de história natural”, disse.

“Estamos conversando com várias instituições para ver a possibilidade de realizar essas doações de acervo expositivas”, sublinhou o diretor da instituição.

Com mais de 200 anos, o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais antigo e património do Brasil, foi reduzido a escombros no dia 02 de setembro de 2018 num incêndio que destruiu grande parte do acervo de 20 milhões de peças.

O prédio histórico, que inicialmente serviu como palácio imperial do Brasil, abrigava o maior museu de história natural da América Latina e um dos cinco maiores do mundo do género.

A inauguração total do museu está prevista para o primeiro semestre de 2026, altura em que se prevê a conclusão das obras de reconstrução do Palácio Imperial.

A estimativa é que as novas áreas expositivas ocupem um espaço de cerca de 5.500 metros quadrados, divididos em quatro circuitos, para os quais serão necessárias cerca de 10.000 peças.

Embaixada de Portugal acolhe apresentação de livro sobre Museu Nacional do Brasil

A Embaixada de Portugal em Brasília acolhe esta quarta-feira o lançamento da publicação sobre o Museu Nacional do Brasil, reduzido a escombros em 2018 num incêndio, onde o acervo e a longa história são os principais intervenientes.

“Todas as mudanças no decorrer dos anos, nós resolvemos mostrar às pessoas o Museu Nacional através do seu acervo, através do Palácio do Acervo”, contou à Lusa o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, e um dos organizadores do projeto.

“A nossa intenção sempre foi de falar um pouco do passado, a situação presencial e qual é o futuro”, disse, referindo-se à publicação “Museu Nacional: Passado, Presente e Futuro”, apresentado pelas 19h00 na Embaixada de Portugal e que reúne 11 capítulos que traçam a história do Museu, apresentando as ações realizadas depois do incêndio de 2018 e no qual projetam ainda o futuro da instituição.

A iniciativa da Embaixada de Portugal e do Camões — Centro Cultural Português em Brasília, com o Ministério da Cultura do Brasil, vai contar no lançamento com a presença da ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, da vice-diretora do Museu Nacional, Andrea Costa, e com uma mensagem gravada da ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues, detalhou à Lusa o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos.

Luís Faro Ramos, assim como Alexander Kellner, lembraram o apoio que Portugal tem dado instituição de forma a reerguê-la.

“Portugal tem participado neste projeto de reconstrução do Museu Nacional, que ardeu em setembro de 2018, desde o início, designadamente fazendo parte do Comité Institucional do projeto Museu Nacional Vivo”, frisou o embaixador português, reforçando que o Estado português tem “contribuído financeiramente para alguns projetos de reconstrução”.

Além disso, Luís Faro Ramos lembrou a parceria existente no qual o Museu Nacional assume “um papel de destaque no incentivo à investigação com Portugal através de uma parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e com a infraestrutura portuguesa de coleções científicas para a investigação onde vão ser concedidas 50 bolsas de doutoramento até 2027”.

Com mais de 200 anos, o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais antigo e património do Brasil, foi reduzido a escombros no dia 2 de setembro de 2018 por um incêndio que destruiu grande parte do acervo de 20 milhões de peças.

O prédio histórico, que inicialmente serviu como palácio imperial do Brasil, abrigava o maior museu de história natural da América Latina e um dos cinco maiores do mundo do género.

A inauguração total do museu está prevista para o primeiro semestre de 2026, disse à Lusa o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.