O treinador do Moreirense, César Peixoto, reiterou esta sexta-feira a necessidade de manter os seus jogadores “humildes e agressivos” na deslocação ao terreno do Nacional, da 14.ª ronda da I Liga de futebol, após ter batido o líder Sporting.
A campanha que os cónegos têm realizado no campeonato – e que lhes vale atualmente o sétimo lugar – foi amplificada pela vitória frente aos leões da última jornada (2-1), mas o técnico confia no profissionalismo dos jogadores e na sua capacidade em “trazê-los à Terra” para manter a senda positiva de resultados.
“É o desafio que nós temos sempre durante a semana, de nos mantermo consistentes. A importância é maior quando se ganha aos ‘grandes’ em casa, mas a equipa tem demonstrado manter-se bem. É natural que este mediatismo todo exista à volta e que possa mexer com eles. Mas faz parte do nosso trabalho tentar trazê-los à Terra, para continuarem humildes, com a agressividade e organização que nos caracteriza. Caso contrário, teremos muitas dificuldades”, reiterou, na conferência de imprensa de antevisão à partida de sábado.
Ainda relativamente a esse último encontro, César Peixoto considera que foi dada uma maior ênfase aos desméritos do Sporting, por parte da comunicação social, comparativamente ao destaque atribuído à exibição do conjunto minhoto, algo que lamenta.
“Eu acho que é cultural, tem a ver com a cultura do futebol português. Fala-se tudo à volta dos três ‘grandes’ e, às vezes, não se dá ênfase à qualidade, capacidade, organização das equipas mais pequenas que conseguem retirar pontos e fazem bons jogos. Como é óbvio, não conseguem dominar os jogos em 90 minutos, mas, para conseguir retirar pontos, as equipas ‘pequenas’ têm de ter qualidade, não é só alma”, constatou.
Quanto ao Nacional, lembrou que as deslocações à Madeira acarretam sempre um “contexto diferente”, acrescentando que os insulares, pelo futebol que praticam, poderiam estar numa posição superior à 16.ª que ocupam, com apenas nove pontos.
“Eu espero muitas dificuldades. É uma equipa que está na parte baixa da classificação, mas teve muitos jogos onde perdeu na parte final e foi sempre muito competitiva. Poderia ter facilmente mais quatro, cinco pontos, o que os colocaria numa posição mais confortável. Jogar na Madeira é sempre muito difícil, um contexto diferente. A minha experiência diz-me isso, mesmo enquanto jogador”, explicou.
O treinador aproveitou ainda para elogiar a profundidade do seu plantel e deixar claro que confia em todos os seus atletas, não ‘abrindo o livro’ sobre uma possível continuidade do ‘onze’ inicial.
“Acho que tenho demonstrado – não é só falar – também nas minhas opções que acredito em todos, temos sempre duas opções por posição. Em função dos jogos, das características do adversário e dos espaços que queremos aproveitar, vamos alterando aqui ou ali. Percebo que a estabilidade também é muito importante, mas a forma como esta equipa trabalha dá-me essa segurança”, concluiu.
Recuperado de lesão, o médio Lawrence Ofori é a novidade nas opções de César Peixoto para a convocatória.
O Moreirense, sétimo classificado da I Liga, com 20 pontos, desloca-se à Madeira para defrontar o Nacional, 16.º, com nove, em encontro da 14.ª ronda da I Liga, no sábado, às 18h00, com arbitragem a cargo de Sérgio Guelho, da associação da Guarda.