A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou para segunda-feira uma concentração de trabalhadores de museus e monumentos nacionais junto ao Ministério da Cultura, às 12 horas, em Lisboa.

A concentração no Campus XXI tem como objetivo exigir a valorização do trabalho prestado em dias feriados, o cumprimento do horário e dos seus limites legais, e a valorização dos trabalhadores com funções de vigilância e receção, segundo a federação nacional de sindicatos.

Esta ação de luta dos trabalhadores foi marcada por “falta de respostas” da tutela às reivindicações, embora a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, tenha manifestado esta sexta-feira, numa reunião com os sindicatos, “abertura para analisar” as exigências, disse fonte sindical.

Contactado pela agência Lusa sobre o protesto, Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS, indicou que a ministra da Cultura garantiu que tentaria “dar resposta às reivindicações dos trabalhadores a partir de janeiro” de 2025.

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A reunião desta sexta-feira decorreu com a presença da secretária de Estado da Cultura, Maria de Loures Craveiro, e o presidente do conselho de administração da Museus e Monumentos de Portugal (MMP), Alexandre Pais, segundo o dirigente sindical.

“O aviso prévio de greve nos feriados e ao trabalho suplementar está a decorrer desde maio, e, desde então, os trabalhadores da MMP têm aderido, com o resultado de encerramento de vários equipamentos culturais de norte a sul do país”, como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, o Convento de Cristo, o Mosteiro de Alcobaça e a Fortaleza de Sagres, indicou à Lusa.

Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP trabalham atualmente cerca de 950 funcionários, estimou Orlando Almeida.

Trabalhadores de museus e monumentos nacionais em greve na quinta-feira

De acordo com os sindicalistas, estes trabalhadores da MMP “só recebem mais cerca de 15 euros para trabalhar num feriado, e são-lhes pagas até duas horas suplementares, enquanto as restantes são recompensadas com tempo, que nunca chega a ser usufruído por falta de recursos humanos”.

“Se o horário de um trabalhador terminar às 18 horas e houver um evento nesse dia no museu ou monumento até às 23:00, por exemplo, a partir das 20 horas já não recebe”, precisou Orlando Almeida.

A federação nacional de sindicatos indicou ainda que o pré-aviso de greve com estas reivindicações encontra-se em vigor até 31 de dezembro deste ano.