A Polícia Federal do Brasil (PF) prendeu este sábado o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro e candidato a vice nas eleições de 2022, reporta a Folha de S. Paulo. Netto foi preso por “obstrução de justiça”, em Copacabana, no Rio de Janeiro, após mandados judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Polícia Federal (PF) brasileira, as medidas judiciais têm como objetivo “evitar” a repetição de “ações ilícitas”, numa operação relacionada com o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado para evitar a posse de Lula da Silva em 2022. No final de novembro, a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno no inquérito que investiga a tentativa de golpe. São, ao todo, 37 pessoas indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

De acordo com a PF, citada pela Folha, Braga Netto atuou em dois núcleos do grupo suspeito da tentativa de golpe: terá participado no “Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado” e no “Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos”.

Walter Braga Netto, 67 anos, é general do Exército, foi ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro. Em 2022, foi candidato a vice do então presidente. Fazia parte do círculo mais íntimo de Bolsonaro.

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