O presidente do Farense, João Rodrigues, contestou este sábado, após a derrota caseira com o Gil Vicente, o que considerou ser um “acumular” de decisões de arbitragem “claramente prejudiciais” para os algarvios na I Liga de futebol.

O dirigente substituiu o treinador Tozé Marreco na conferência de imprensa após a partida realizada em Faro e disse ser “com tristeza” que fazia “algo inédito em quase nove anos” à frente do emblema, ocupando um espaço em que “os protagonistas” deviam ser treinadores e jogadores.

“Infelizmente, temos tido um acumular, já há bastante tempo, de situações que não nos deixam minimamente tranquilos, deixam-nos muito incomodados, em que constantemente há decisões que não entendemos e que são claramente prejudiciais para a entidade Sporting Clube Farense”, sustentou.

O presidente do emblema algarvio focou-se no golo anulado a Tomané, aos 87 minutos, num lance de fora de jogo assinalado pelo árbitro auxiliar e validado pelo videoárbitro, após análise de cinco minutos que indicou uma margem de sete centímetros.

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“Não entendemos como é que, com as linhas que estão colocadas, esse golo poderia ser anulado ao Farense”, afirmou, sublinhando que “sete centímetros num campo de mais de 100 metros é uma coisa impressionante”.

João Rodrigues frisou que “não pode continuar a haver regras que não são consistentes”, declarando: “Isto tem de parar. Apelo fortemente a todas as instituições que têm responsabilidade no futebol português, para o bem do futebol português, estas situações têm de imediatamente parar”.

O presidente do emblema de Faro ressalvou que o árbitro que está em campo “tem sempre o maior elemento de desculpa em tudo o que faz, em situações rápidas e difíceis de ajuizar a 100%”.

“Os treinadores erram, os jogadores erram, os árbitros têm direito a errar, mas não devem é errar, na minha ótica, consistentemente contra esta instituição”, referiu João Rodrigues.

O presidente do Farense comentou ainda que dá “menos margem para desculpar” ao videoárbitro, que “está a gerir o processo” com o apoio de imagens.

“Temos um grupo que está extremamente aborrecido, quase que diria raivoso, mas podem ter a certeza que não está abatido. Estamos muito fortes e vamos continuar muito fortes, e este grupo vai conseguir os seus objetivos”, concluiu.

O Gil Vicente conseguiu este sábado a primeira vitória fora na I Liga de futebol 2024/25, ao bater o Farense por 1-0, em jogo da 14.ª ronda decidido por um autogolo de Lucas Áfrico no arranque da segunda metade.

Os algarvios, que vinham de três jogos sem perder no campeonato, continuam a ocupar o 17.º e penúltimo lugar, à condição, com nove pontos.