Sérgio Rebelo é o vencedor desta edição do Prémio de Arquitetura do Douro com o projeto Quinta do Adorigo, no concelho de Tabuaço, distrito de Viseu. O anúncio aconteceu este sábado no âmbito das comemorações do 23.º aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património Mundial da UNESCO, que decorrem no Museu de Memória Rural, em Vilarinho da Castanheira, Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança.

“O que se destacou e se distinguiu nesta decisão foi uma intervenção excecional de integração de uma arquitetura contemporânea, com traços de autor, numa paisagem vinhateira e cultural como a do Douro (…). É muito curioso que a arquitetura do Quinta do Adorigo, de algum modo, reproduza e crie uma correspondência com o próprio desenho da paisagem”, disse à agência Lusa o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Jorge Sobrado, entidade que faz parte do júri.

Além da CCDR-N, junta-se um elemento da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitetos, um da Casa da Arquitetura e o Turismo Porto e Norte, promotores do prémio. Na edição deste ano do Prémio de Arquitetura do Douro foram submetidas 16 candidaturas

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas a Francisco Vieira de Campos, com o projeto Quinta do Castro, em Sabrosa, e a Carlos Castanheira, com a Quinta da Faísca, em Alijó, ambos no distrito de Vila Real.

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Com periodicidade bienal, o galardão visa divulgar e promover a “excelência da arquitetura” no ADV e “boas práticas” no exercício da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios, bem como intervenções de redesenho urbano no espaço público.

A última edição do prémio distingui a arquiteta Paula Pinheiro, com um projeto de enoturismo para a Quinta do Saião, que também integrou o júri. O galardão também já foi conquistado por Souto Moura com a Central Hidroelétrica do Tua, Álvaro Andrade com o Centro de Alto Rendimento do Pocinho, Camilo Rebelo e Tiago Pimentel com o Museu do Côa, Álvaro Siza Vieira com o armazém de vinhos da Quinta do Portal, Belém Lima com o Museu da Vila Velha e António Leitão Barbosa com o projeto da adega da Quinta da Touriga.

Além da distinção, os vencedores receberam, a título simbólico, uma obra de autor alusiva à paisagem do Douro, este ano da autoria de de Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Francisco Laranjo.

Podem candidatar-se edificações ou conjuntos arquitetónicos construídos de raiz ou objeto de grande reabilitação que estejam implantados no território da NUT III Douro e cuja intervenção tenha sido realizada após a classificação pela UNESCO, a 14 de dezembro de 2001.