Começou com uma contagem decrescente num palco de cores quentes, até que Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, deu as boas-vindas àquela que é uma edição “histórica” – que, em quatro anos, passou de 400 a 42 mil participantes. Só no último ano, o evento duplicou o número de registos.

“Há quatro anos começou uma jornada que nos trouxe 400 pessoas de um país e agora passámos a 42 mil pessoas de 134 países. É incrível. Estamos tão entusiasmados”, afirmou Paddy, naquela que foi a estreia do palco principal do evento em Dublin.

Aos cerca de 42 mil participantes, Paddy Cosgrave pediu para aproveitarem a Web Summit para estarem com as pessoas com quem “partilham paixões” e lembrou que o evento não termina às 17h. Depois das apresentações no RDS, em Dublin, a Web Summit move-se para as ruas da capital da Irlanda.

“O que é mais interessante é que perguntamos às pessoas porque vêm à Web Summit e a maior parte diz que é por causa dos oradores. Mas quando fazemos os inquéritos de final do evento, o que nos dizem é que o que mais gostaram foi a oportunidade de fazer contactos com outras pessoas. É isto que faz a Web Summit. Aproveitem as ruas de Dublin para conhecer o máximo de pessoas possível”, afirmou.

A Web Summit decorre de 3 a 5 de novembro, no centro de eventos RDS, em Dublin. É a última edição do maior evento de tecnologia e empreendedorismo na sua casa mãe antes de mudar para Lisboa nos próximos três anos (e possivelmente mais dois).

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Durante o discurso de abertura, Paddy Cosgrave não fez nenhuma referência à saída da Web Summit de Dublin, mesmo depois de ter revelado na internet 36 páginas com a troca de emails que teve com responsáveis pelo gabinete do primeiro-ministro irlandês. No último dia do evento, espera-se o anúncio oficial da mudança para Lisboa, com a presença do vice-primeiro-ministro Paulo Portas.

Entre os oradores desta terça-feira, destaque para Stewart Butterfiel, cofundador e presidente do Slack, Michael Dell, presidente da Dell, Mike Schroepfer, chief technical officer do Facebook ou Mike Krieger, cofundador do Instagram, entre outros.

Na categoria de empresas ALPHA – aquelas que a organização considerou as mais promissoras -, há pelo menos 12 startups portuguesas que têm direito a expor o seu projeto num stand próprio, durante um dos dias do evento.

Na quinta-feira, há dois projetos portugueses, Cuckuu e B-Guest, que sobem ao palco principal para fazerem o seu pitch (apresentação) e concorrem ao Beta Award, principal competição do evento. Foram selecionadas 100 startups de todo o mundo.

No ano passado, Jaime Jorge, da Codacy, subiu ao palco e foi o grande vencedor da edição de 2014. Foi a primeira vez que Paddy Cosgrave ouviu falar do ecossistema de empreendedorismo tecnológico de Lisboa.