O ator norte-americano Charlie Sheen revelou no programa televisivo da NBC, “Today”, que é seropositivo. A cadeia de televisão já tinha anunciado que o ator da série televisiva “Dois homens e meio” e de filmes como “Scary Movie” ou “Wall Street: O dinheiro nunca morre” iria fazer “um anúncio revelador do ponto de vista pessoal”, que foi noticiado em vários órgãos de comunicação internacionais. 

Ao apresentador Matt Lauer, o ator de 50 anos disse que estava no programa para admitir que era seropositivo e que tinha sido diagnosticado há cerca de quatro anos, depois de se queixar com dores de cabeça sucessivas. 

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“Tenho que por um fim a esta ofensiva de ataques e mentiras, a estas histórias perigosas que ameaçam a saúde de tantas pessoas, e que não poderiam estar mais longe da verdade”, disse o ator. 

Charlie Sheen conta que este internado e que suspeitava que tinha um tumor no cérebro, antes de saber qual era o diagnóstico final. “Quando vieram os resultados do teste, disseram-me que era esta a minha situação. São três letras [VIH] muito difíceis de digerir”, afirmou. 

Revelando que estava “a libertar-se de uma prisão”, o ator nova-iorquino conta que pagou “milhões” a várias pessoas para não revelarem à comunicação social que era seropositivo. “[Tornou-se] um círculo de extorsão. E eu confiava neles. Faziam parte do meu círculo de proximidade”, disse. 

O ator insistiu que era “impossível” ter transmitido o vírus a outras pessoas, apesar de ter tido relações sexuais desprotegidas com duas pessoas já depois de ter sido diagnosticado. Charlie Sheen explicou que estas pessoas foram informadas antecipadamente e que estavam a ser seguidas pelo seu médico. 

Com uma revelação de cariz mediática, o ator espera ajudar a acabar com o estigma associado ao VIH.

“Agora tenho a responsabilidade de de melhorar e ajudar tantas outras pessoas. E pode ser que com o que estamos a fazer hoje outras pessoas possam dizer no futuro: ‘obrigada, Charlie'”, disse. 

A carreira de Charlie Sheen tem estado ligada a histórias que envolvem consumo de drogas, pornografia e recurso a prostitutas. Apesar de ser um rosto bem conhecido da televisão norte-americana, desde 2011 que a carreira de Charlie estava envolvida numa polémica pública com o criador da série “Dois homens e meio”, que levou a que fosse despedido.