O ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu este sábado que não há razões para preocupações: este Governo quer equilibrar as finanças públicas, entregar o mais cedo possível o Orçamento para 2016, honrar todos os compromissos internacionais e aliviar a austeridade pois esta é incompatível com crescimento.

A austeridade não gera crescimento, nem a desvalorização interna gera prosperidade. A austeridade debilita a economia e a sociedade, esvaziando-as através da emigração”, afirmou, em Loulé, no Fórum Empresarial do Algarve.

Este Governo vai apostar na inovação e na modernização e vai utilizar os fundos comunitários “com eficiência”, garantiu, num discurso breve, em que disse claramente que “o Estado português honrará todos os compromissos internacionais“, nomeadamente, os europeus. “Portugal precisa de iniciar um período de convergência com a União Europeia, deve assegurar umas finanças públicas equilibradas”, afirmou.

Sobre o Orçamento do Estado para 2016, garantiu que “vai ser apresentado o mais depressa possível. Não é desejável que o país esteja num prolongado período sem um dos mais importantes instrumentos de governação”.

Será um passo para o aumento e a proteção dos rendimentos, do alívio da asfixia fiscal das famílias e das empresas, para o combate à pobreza e de garantia para serviços e bens públicos essenciais”, explicou.

Discursando para empresários na região onde nasceu e cresceu até aos 15 anos, Centeno quis dar “palavras de tranquilidade e confiança”, falou de “um tempo novo”, “um caminho de prosperidade e progresso”. E deixou um elogio aos empresários que ao longo dos últimos quatro anos da troika e apesar da austeridade não contribuíram para um “aumento da rutura nas relações laborais”. “Empresas e trabalhadores fizeram um notável esforço para a sobrevivência das empresas“, elogiou.

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